publicado em 28/08/2018.
O relatório anual do banco Credit Suisse (Global Wealth Report 2017) revelou que no Brasil 1% dos brasileiros acumula riqueza equivalente ao patrimônio de 44% da parcela mais pobre, o que desvenda a alta desigualdade socioeconômica no país. Para tentar combater esse desequilíbrio, iniciativas como a dos Bancos Comunitários estão crescendo, ganhando força e permitindo a inclusão econômica e social de milhões de pessoas não só no Brasil, mas no mundo.
Para debater essa ferramenta de inclusão e desenvolvimento e forçar os governos a adotar políticas públicas de investimento para essa atividade, acontecerá no Brasil, de 04 a 06/09 de 2018, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, o 1º Encontro Global de Bancos Solidários de Desenvolvimento (BSD) – Solidários.
O evento, promovido pelo Banco Palmas e pela Rede Brasileira de Bancos Comunitários, com apoio institucional da Ashoka, CEPAL, Fundação Demócrito Rocha (Grupo O Povo de Comunicação), MIT-Colab e Promujer, é um chamamento ao debate e à busca por novos caminhos para as populações mais esquecidas, compreendendo a importância do papel dos bancos solidários como protagonistas das políticas de redução dos desequilíbrios econômicos e sociais.
O objetivo do encontro é apresentar a experiência brasileira e conhecer as diversas práticas internacionais neste setor, bem como fornecer um conjunto de propostas para os governos federal, estaduais e municipais de forma a fomentar o surgimento de novas iniciativas e fortalecimento das já existentes. Para isso, a organização do evento está trazendo especialistas em criação de fundos e finanças, além de teóricos.
Estarão em Fortaleza 114 Bancos Comunitários do Brasil e vários Bancos Solidários de outros países, além de especialistas brasileiros e do exterior com know how na elaboração de bancos comunitários, fundos, investimentos de pequeno, médio e grande porte, com o objetivo de oxigenar as experiências que serão apresentadas.
● Oficinas confirmadas: “Hackathon E-dinheiro”, “Economia Feminista”, “Economia Solidária e Finanças Solidárias: conceitos e práticas”, “Blockchain, criptomoedas e Finanças Solidárias – Juntos ou separados?”, “Bancos Comunitários, Comunales e Éticos – Conheça o movimento global que está transformando diferentes sistemas financeiros com princípios solidários”, “Economia Criativa”, “Inovação Comunitária e Periférica”, Juventude, Democracia e Participação”, “Mídia- Ativismo: caminhos para a democratização da mídia”, “Prefeitura e Comunidades – Outros modelos de Governança local e Política Pública”, “Migrações, Deslocamentos e Gentrificação – Estratégias de mobilização para um desenvolvimento solidário”.
● Mesas confirmadas: “A era do Capital Improdutivo: Ladislau Dowbor”, “Investimento de Impacto: como investir para gerar e distribuir riqueza na periferia. (Bancos Comunitários, Fundos, Microcredito etc)”, “Qual o papel do estado, da sociedade civil e do setor privado no desenvolvimento de um ecossistema econômico de combate as desigualdades?”, “Democracia Econômica (MIT-Colab): É possível lutar contra o racismo, a violencia, o machismo e a injustiça social e ambiental atraves da economia?”, “Desigualdade, Pobreza e Mercado de Trabalho – CEPAL”, “Universidade e Sociedade na potencialização das práticas de democracia econômica”.
● Palestrantes confirmados: Joaquim Melo, Maria Cavalcanti, Ladislau Dawbor, Morgan Simon, Genauto Carvalho de França Filho, Lilian Prado, João Souza, Katrin Kaeufer, Claudia Leitão, Juan Constain, Marisa Villi, Eddi Xavier Bermudez Marcelín.
Gustavo Vidigal. Mestre em gestão cultural, gestor e pesquisador com foco em cultura e desenvolvimento, sendo atualmente responsável pela implementação da agenda pública de economia criativa no Distrito Federal. Dividindo sua vida entre o serviço público, investigação acadêmica e movimentos socioculturais, devotou seus últimos 10 anos à formulação de políticas e estudos sobre cultura, desenvolvimento e cooperação internacional. Durante esse período, participou de diversas iniciativas, dentre as quais é possível destacar a fundação de uma incubadora de empreendimentos culturais, a estruturação do modelo de avaliação do principal fundo local de apoio à cultura do país e a coordenação de políticas de economia criativa no governo federal brasileiro. No campo acadêmico, tem desenvolvido e advogado pelo conceito de uma economia criativa de base comunitária. Foi reconhecido como liderança global na cultura por iniciativa gerida pela União Europeia e participou de programa de líderes emergentes de um dos mais renomados think tanks do mundo.
Serviços:
O que: 1º Encontro Global de Bancos Solidários de Desenvolvimento.
Quando: de 04 a 06/09 de 2018.
Onde: Fabrica de Negócios – Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.
Saiba mais sobre o evento em: www.bancossolidarios.global