
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Secretaria de Saúde de Goiás têm dez dias para explicar por que os municípios do estado receberam doses reduzidas de vacina contra a Covid-19. Os esclarecimentos são cobrados pelo Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO) após denúncia do deputado federal Elias Vaz (PSB) à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Vaz ingressou com a representação no dia 13 de abril. De acordo com a denúncia, parte dos fracos remetidos tinham até 20% menos que o especificado nos vidros. O parlamentar usou as redes sociais para reforçar a importância da investigação, logo após receber a notícia.
Vacina reduzida em outros estados
No documento apresentado por Elias Vaz à PGR ele afirma que a mesma queixa ocorreu em municípios de pelo menos outros 12 estados. Entre eles estão, além de Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.
Ao pedir a instauração de uma ação civil pública, o deputado alegou que a previsão do Plano Nacional de Imunização é de reserva técnica de 5%, ou seja, já com margem mínima para perdas operacionais.
“Cada dose pode fazer diferença. Estamos no pior momento da pandemia no nosso país, com média de 3 mil mortes por dia, e municípios com frequência precisam parar a aplicação da primeira dose em novos grupos por falta de vacina.”
Elias Vaz
O parlamentar também relatou que grupos estariam se apresentam aos municípios como intermediários na aquisição de vacinas, mesmo sem aval de fabricantes. Do mesmo modo, ele fala em furtos de vacina em diferentes estados. O procurador Ailton Benedito, responsável pela medida, encaminhou,essa parte da denúncia ao Núcleo de Combate à Corrupção do MPF.