Flávio Bolsonaro é investigado por lavagem de dinheiro e organização criminosa junto com o ex-assessor Fabrício Queiroz
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro convocava a imprensa para revelar o resultado do seu teste para Covid-19 nessa terça-feira (7), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) depôs pela primeira vez no caso das rachadinhas.
A oitiva foi feita por videoconferência, 18 meses depois da primeira intimação ao senador, pelos promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), que investiga o caso desde março de 2019. Flávio é investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa junto com o ex-assessor Fabrício Queiroz.
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A esposa de Flávio, Fernanda Bolsonaro, que também tinha sido intimada pelo Ministério Público, não compareceu. Em nota, a defesa do senador informou que o conteúdo do depoimento está em segredo de justiça.
“O conteúdo da audiência, no entanto, está em segredo de Justiça e será preservado. Com todos os fatos esclarecidos, a esposa do parlamentar, Fernanda Bolsonaro, não prestará depoimento. A defesa do senador reafirma que Flávio Bolsonaro não praticou qualquer irregularidade e que confia na Justiça.”
Habeas corpus
Na última segunda-feira, a defesa de Fabrício Queiroz apresentou um pedido de habeas corpus para que ele fosse transferido para prisão domiciliar. O ministro João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), irá analisar o pedido.
Noronha já foi elogiado pelo presidente Jair Bolsonaro, que chegou a dizer que sua relação com o presidente do STJ foi como “amor à primeira vista”.