A quantidade de famílias na faixa de extrema pobreza no Brasil que se cadastraram no Cadastro Único (CadÚnico) ultrapassou a marca de 14 milhões, o maior número desde o final de 2014. De acordo com balanço divulgado nesta terça-feira (5) pelo Ministério da Cidadania, o total de pessoas na miséria no Brasil equivale a cerca de 39,9 milhões de pessoas atualmente.
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São consideradas famílias de baixa renda aquelas que têm uma renda de até R$ 89 por pessoa (renda per capita). Além das famílias na miséria, havia em outubro outras 2,8 milhões de famílias em situação de pobreza, com renda per capita média de moradores entre R$ 90 e R$ 178.
Os números refletem o fracasso da agenda neoliberal, adotada após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e reforçada com o governo de Jair Bolsonaro. Segundo reportagem do jornalista Carlos Madeiro, no portal Uol, o número de famílias cadastradas em extrema pobreza aumentou em 1,3 milhão sob gestão bolsonarista.
Para este mês, a tendência é que a pobreza cresça no país com o fim de auxílio emergencial e outros programas que auxiliaram pessoas, entes e empresas por conta da pandemia.
Os dados mais atualizados do Bolsa Família apontaram eram 14,3 milhões de famílias aptas e aprovadas no programa em novembro. A média do valor pago naquele mês foi de R$ 329,19. Com o fim do auxílio emergencial (valores que variaram de R$ 300 a R$ 1.200 por mês), essa média baixará para R$ 190, como era antes da pandemia.
Com informações do UOL