por redação Socialismo Criativo em 11/10/2018.
Até dia 20 de outubro, a Bahia será sede do evento Ocupação Afro.Futurista, realizado na capital e em mais duas cidades: Seabra e Irecê. Entre seus destaques está o assunto do mercado de games, que atrai jovens a esse universo criativo.
Uma iniciativa que pretende se transformar em uma vitrine da cultura maker e da inovação tecnológica liderada por empreendedores da comunidade afro-brasileira. Assim se apresenta o evento Ocupação Afro.Futurista, que teve sua 2ª edição aberta, nesta semana, em Salvador e, nas próximas, seguirá para o interior do estado para estimular o interesse por essas produções. Nos dias 15 e 16 de outubro, em Seabra, e nos dias 19 e 20 em Irecê.
Reforçando o universo das inovações tecnológicas e associando-o às identidades negras, o tema do evento é “Wakanda é a Bahia”, numa alusão ao reino fictício da história Pantera Negra, da Marvel Comics, retratado também em uma cidade futurista do filme homônimo dirigido por Ryan Coogler, lançado neste ano.
Games: criatividade e economia
Um dos focos do evento é o mercado brasileiro de games, que vêm mostrando vitalidade e expressivas taxas de crescimento. Dados do Ministério da Cultura indicam que o setor já movimenta cerca de R$ 100 milhões por ano. “O mercado de jogos é uma alternativa criativa e atraente de trabalho para jovens entre 18 e 24 anos”, destaca o empreendedor Ricardo Silva, criador do Gamepólitan, o principal evento do setor na região Norte-Nordeste.
Neste evento, Ricardo é o responsável por mostrar aos visitantes da Ocupação Afro.Futurista o universo dos games. Ele acredita que, mesmo com todas as dificuldades e adversidades existentes no mercado brasileiro, o setor de games é um dos que têm mais crescido no país e considera que é um mercado atraente de trabalho como alternativa criativa para jovens entre 18 e 24 anos. “Os jogos on-line movimentam, anualmente, R$ 4,9 milhões, em termos globais, e o Brasil lidera o setor na América Latina. Segundo dados do 2° Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, o número de estúdios desenvolvedores de games passou de 142 para 375, de 2013 a 2018. No Nordeste, o salto foi igualmente expressivo. De 20 para 61 estúdios no mesmo período” explica.
O Ocupação Afro.Futurista é realizado pelo Instituto Mídia Étnica e pela Holding Social Vale do Dendê, uma empresa social que comanda a Aceleradora Vale do Dendê, o Espaço de Inovação Vale do Dendê e Vale Consulting, todos instalados em sua sede pop-up na capital baiana. O Instituto Mídia Étnica (IME) é uma organização da sociedade civil criada há 13 anos e que realiza projetos para assegurar o direito humano à comunicação e o uso das ferramentas tecnológicas pelos grupos socialmente excluídos, especialmente a comunidade afro-brasileira. Mais informações sobre o evento podem ser encontradas no site http://www.valedodende.org/ocupacao.