
Com a popularidade em queda, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (11) que o auxílio emergencial deve voltar a ser pago já em março. Sem informar o valor, o mandatário disse que o benefício terá duração de 3 ou 4 meses.
A informação foi dada durante entrevista coletiva no Maranhão, onde participou de uma cerimônia no Centro de Lançamento de Alcântara para entrega de títulos de propriedade rural prometidos pelo Exército em 1983.
“Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir… com toda a certeza, pode não ser, a partir de março. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”, afirmou.
Na equipe econômica, a projeção é de que o valor do auxílio emergencial será de R$ 200. No Congresso, há tentativas de aumentar o valor. Bolsonaro pontuou que o auxílio emergencial não pode ser permanente e que não basta o pagamento do benefício. Na sua visão, o comércio tem que reabrir.
“Tem que acabar com esta história de fecha tudo, tem que cuidar dos mais idosos e dos que têm comorbidades. De resto, tem que trabalhar. Caso contrário, se nos endividarmos muito, o Brasil pode perder crédito e a inflação vem. A dívida já está em R$ 5 trilhões, aí vem o caos”, finalizou.
Mais cedo, o presidente reforçou que estava estudando, junto à equipe econômica e parlamentares, uma alternativa para a extensão do auxílio emergencial por mais “alguns meses“.
Bolsonaro disse que o benefício injetou R$ 13 bilhões no Maranhão, mas lembrou que o custo torna inviável mantê-lo por prazo indefinido.
“No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial. Que, repito, o nome é emergencial; não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E sabemos que o povo quer é trabalho”, disse.
Em defesa do auxílio
Na última quarta-feira (10), um ato em defesa da prorrogação do auxílio emergencial e ampliação do Bolsa Família foi realizado no Salão Verde da Câmara dos Deputados. O evento contou com a participação de mais de 200 parlamentares de 23 partidos, entre eles o Partido Socialista Brasileiro (PSB), que integram a Frente Parlamentar Mista de Renda Básica.
Também participaram do evento o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito de Recife, João Campos, ambos socialistas, além dos prefeitos de Belém, do Rio de Janeiro e de São Paulo e representantes da Rede Brasileira de Renda Básica.
O grupo lançou o Manifesto em Defesa do Auxílio Emergencial e de um Programa de Renda Mínima. O texto defende a prorrogação do auxílio emergencial e a expansão do Bolsa Família, em sintonia com a situação econômica crítica na qual o país se encontra. O objetivo é construir um programa robusto de transferência de renda que não deixe a população brasileira à própria sorte.
Com informações do G1