O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta quinta-feira (31) a exoneração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, e a nomeação dele para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
A saída estava programada. Jorge Oliveira foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o tribunal e teve seu nome aprovado pelo Senado em outubro. Ele vai para o TCU na vaga decorrente da aposentadoria do ministro José Múcio Monteiro Filho.
Ex-presidente do TCU, Múcio antecipou em 2 anos e 9 meses o prazo da aposentadoria compulsória, quando servidores completam 75 anos de idade.
Major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, advogado e amigo de Bolsonaro, Oliveira tem 46 anos e poderá ficar no TCU até 2049. O substituto na vaga da Secretaria-Geral ainda não foi divulgado.
Com a saída de Jorge Oliveira da Secretaria-Geral da Presidência, Bolsonaro acumula 16 mudanças na equipe ministerial em dois anos de mandato.
Perfil
Amigo de Bolsonaro, Jorge Antonio de Oliveira Francisco atuou no governo desde o início do mandato do presidente, em janeiro de 2019. À época, ele assumiu a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), responsável por analisar a legalidade dos atos assinados pelo presidente da República.
Em junho de 2019, Oliveira passou a acumular a função com o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral. Considerado um dos ministros mais próximos de Bolsonaro, ele chegou a ser cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF), porém o presidente optou pelo desembargador Kassio Nunes Marques.
A relação de Oliveira com Bolsonaro é anterior à Presidência da República. O pai do ministro, o militar do Exército Jorge Francisco, foi chefe de gabinete de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Oliveira também trabalhou com a família na Câmara, onde assessorou Bolsonaro e o filho Eduardo (PSL-SP).
Com informações do G1