A declaração de Jair Bolsonaro sobre seu aliado americano Donald Trump foi interpretada no Palácio do Planalto como um sinal de que o presidente já admite a vitória do candidato democrata, Joe Biden, na eleição dos Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Durante formatura de policiais rodoviários federais em Florianópolis, Bolsonaro afirmou que “Trump não é a pessoa mais importante do mundo”. “O momento do Brasil ainda é difícil. Assistimos a política externa. Temos nossas preferências e o que acontece lá fora interessa para cada um de nós aqui dentro”, disse.
Para integrantes do governo, o presidente deu o recado que, apesar de não ter escondido a torcida por Trump, não está disposto a criar tensão na relação com o novo ocupante da Casa Branca.
Bolsonaro tem evitado se manifestar especificamente sobre acusações de fraudes e a contestação judicial defendida pelo presidente norte-americano. O conselho de seus auxiliares é para que mantenha a neutralidade enquanto os republicanos contestam a eleição.
No entanto, caso Biden tenha uma vitória ampla, reconhecida por outros países, é conveniente que Bolsonaro não demore muito a cumprimentá-lo. A decisão, porém, caberá ao próprio presidente.
Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, telefonou para Barack Obama no mesmo dia do anúncio do resultado. Já em 2000, Fernando Henrique Cardoso enviou uma mensagem ao republicano George W. Bush somente após a vitória dele sobre o democrata Al Gore ser confirmada pela Suprema Corte, 36 dias após a eleição.
Com informações do Estadão