O presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) será investigado por fake news. Durante uma live, ele associou mentirosamente a vacina contra a covid-19 à aids. A determinação é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O pedido foi feito pela CPI da Pandemia.
Bolsonaro foi imediatamente desmentido por especialistas e plataformas de checagem e live foi tirada do ar pelo Facebook, YouTube e Instagram.
O líder da Oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), defendeu a investigação.
No documento, Moraes critica a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de abrir apenas apuração preliminar interna para avaliar o que foi dito por Bolsonaro na transmissão e recomendar o arquivamento do pedido da CPI.
Na transmissão, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo aids “muito mais rápido que o previsto”. A afirmação é falsa, e não há qualquer relatório oficial que faça essa associação.
Na semana seguinte, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, reafirmou que as vacinas usadas no Brasil são seguras, e que nenhuma delas aumenta a “propensão de ter outras doenças”.
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“Nenhuma das vacinas está relacionada à geração de outras doenças. Nenhuma delas está relacionada ao aumento da propensão de ter outras doenças, doenças infectocontagiosas por exemplo. Vamos manter a tradição do nosso povo brasileiro de buscar e aderir ao PNI [Prrograma Nacional de Imunizações]”, afirmou Barra Torres.
Com informações do g1