
O lixo eletrônico, que precisa de descarte diferente do lixo normal, já tem destino mais apropriado em mais de 20 pontos do país há um ano. Nas 25 centrais de Logística Reversa de Eletroeletrônicos, como são oficialmente chamadas, é possível descartar corretamente itens como batedeira ou liquidificador, ferro de passar, fone de ouvido e até mesmo microondas e geladeira.
De acordo com a lei 12.305/2010, que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos no país, o processo de logística reversa é definido como um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.
A Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE) e o Ministério do Meio Ambiente com os Estados, são os responsáveis pela criação das centrais com capacidade de armazenamento entre 5 e 8 toneladas de lixo eletroeletrônico. Após descartado pela população local, esse tipo de resíduo é retirado por empresas parceiras para iniciar a logística reversa. Os equipamentos descartados são encaminhados a uma fábrica e desmontados, para que possam ser destinados aos locais adequados – seja para reaproveitar peças ou descartar de forma menos agressiva ao meio ambiente.
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De acordo com o artigo “O Descarte do Lixo Eletrônico e Seus Impactos Ambientais”, publicado na edição 27 da Revista Acadêmica das faculdades Oswaldo Cruz, esses resíduos contêm substâncias químicas que podem contaminar o ambiente. “Esses elementos podem contaminar o solo, a água ou até mesmo o ar, prejudicando de forma significativa o meio ambiente e a saúde humana”, aponta o artigo.
Dados do Ministério do Meio Ambiente apontam que mais de mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos e eletrodomésticos foram recebidas em 2021. O número é 75 vezes maior do que o que havia sido arrecadado nos três anos anteriores.
Existem aproximadamente 3,7 mil pontos de coleta desse tipo de resíduo em todo o país, espalhados por mais de mil municípios, de onde o material é enviado para os centros de logística reversa. As primeiras centrais começaram a funcionar nas capitais do Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, em junho e julho de 2021, respectivamente. Desde então, outras centrais também foram criadas nas capitais de ES, AM, AL, PR, RJ, GO, RS, RO, SE, MT, RR, AP, PA, PB, MA, AC, PI, MG, SP, BA, RN e no DF.
Para fazer o descarte correto desse tipo de resíduo, é possível buscar, o ponto de coleta mais próximo no site da ABREE, basta colocar o CEP. Verifique a lista completa dos produtos que podem ser descartados.
Autorreforma e a luta pela ecologia
A política econômica neoliberal praticada no Brasil é incompatível com a sustentabilidade ambiental. Os socialistas não podem comungar com o excesso de consumo e o desperdício, e devem ser críticos sobre o que produzir; como produzir; quanto produzir; e onde produzir, pois refutam radicalmente o princípio capitalista de que a felicidade se dá na insaciável satisfação do possuir e consumir.
A opção defendida pelo PSB é aproximar-se do movimento do ecossocialismo por sua contestação ao modo de produção e consumo capitalistas, que há décadas atua em vários países, desenvolvendo um trabalho de engajamento na luta ecológica, propondo que se avance no caminho construído ao longo de mais de meio século, por partidos ecológicos, organizações não governamentais e instituições culturais.
Para o PSB, a luta ecológica tem também o significado de revelar a contradição do capitalismo com a própria vida no planeta. Para o socialismo, é fundamental unir sistematicamente as lutas sociais por justiça, equidade, bem-estar econômico, desenvolvimento social e direitos humanos, com as lutas pela conservação ambiental.
O PSB defende a importância do desenvolvimento de um modelo de monitoramento, acompanhamento e avaliação das metas
estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como forma de contribuir para orientar a implementação de políticas públicas que resultem no desenvolvimento econômico e social do Estado brasileiro.
Economia verde
O PSB entende que é possível construir uma economia que resulte em melhoria do bem-estar da humanidade, com igualdade social, e que, ao mesmo tempo, reduza os riscos ambientais e a escassez ecológica. Tal economia é chamada de economia verde.
Na premissa da agenda da sustentabilidade, a economia verde apresenta potencial muito maior para a inclusão social e para a
geração de renda e empregos do que o atual modelo de política econômica praticado.
Os socialistas propõem que a transição para a economia verde e criativa, ainda nos limites do capitalismo, seja induzida pelo Estado, como parte de uma política econômica, e que seja revertida a trajetória do país como espaço para a expansão predatória da fronteira agrícola e o estímulo ao garimpo ilegal de recursos naturais.
Com informações do Brasil 61