Esta semana, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade de um segundo processo contra o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ). A acusação, apresentada pelo PSB, PSOL e Rede, tem como foco um vídeo, postado em maio do ano passado, no qual o deputado ameaça manifestantes contrários ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Foram 11 votos a favor e dois contrários, dos deputados Fábio Schiochet (PSL-SC) e Hugo Leal (PSD-RJ).
Esse processo contra Silveira se soma ao que rendeu a sua prisão após fazer apologia ao Ato Institucional n.° 5, o mais violento da ditadura, e pedir a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As duas ações podem levar à perda do mandato de Silveira.
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Atualmente, o deputado se encontra em prisão domiciliar, concedida pelo ministro do STF, Alexandre de Morares, após permanecer 26 dias preso no Batalhão Especial Prisional, em Niterói, no Rio de Janeiro. “Eu estou aqui preso a uma tomada, carregando uma tornozeleira eletrônica que eu não deveria estar usando. Eu não deveria ter sido preso”, afirmou durante o depoimento por videoconferência.
‘Recado para os Antifas’
No vídeo da acusação admitida na segunda-feira (22), intitulado “Recado para os Antifas”, Silveira disse haver policiais armados nas manifestações.
“Até que vocês vão pegar um polícia zangado no meio da multidão, vão tomar um no meio da caixa do peito, e vão chamar a gente de truculento”, protestou ele no vídeo. “Eu ‘tô’ torcendo para isso. Quem sabe não seja eu o sortudo. Vocês me peguem na rua em um dia muito ruim e eu descarregue minha arma em cima de um filho da puta comunista que tentar me agredir. Vou ter que me defender, não vai ter jeito. E não adianta falar que foi homicídio; foi legítima defesa. Tenham certeza: eu vou me defender”.
Com informações do portal Terra