Do site da ONU
Entre 2002 e 2015 a China foi a maior exportadora e importadora de mercadorias e serviços criativos, com uma taxa de crescimento comercial de 14% anual, segundo relatórios da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) apresentados nesta quarta-feira, 29 de maio, no Quarto Fórum Internacional de Beijing sobre Comércio de Serviços.
Os dados do estudo “Panorama da Economia Criativa” revelam que o comércio chinês desse tipo de bens passou de 32 bilhões de dólares em 2002 a 168,5 bilhões em 2015, ano em que suas exportações de mercadorias criativas quadruplicaram as dos Estados Unidos.
Tudo indica que esta tendência de crescimento continuará, como explica a chefe de Economia Criativa da UNCTAD.
“A contribuição da China para a Economia Criativa global é muito importante e tem estado por mais de uma década por trás do crescimento das indústrias e serviços criativos”, disse Marisa Henderson.
A UNCTAD qualificou como excepcional o desempenho da China e lembrou que o país vem dominando o comércio de mercadorias criativas nos últimos 13 anos, gerando também a expansão do mercado asiático, que vem se duplicando desde 2005
Atualmente, o país asiático constitui o maior mercado de arte e cinema do mundo, e segue crescendo graças ao acesso generalizado à internet, a um enorme mercado de consumo interno e à crescente economia digital.
Essa atividade econômica beneficiou a Ásia, que superou os outros continentes do mundo na área comercial. Juntas, as exportações criativas da China e do sudeste asiático acumularam 228 bilhões de dólares, quase o dobro da Europa.
Das dez principais economias em de desenvolvimento que impulsionaram o comércio global de mercadorias criativas, só o México e a Turquia não pertencem à mesma região.
Entre as economias industrializadas, Estados Unidos, França e Itália destacaram-se como exportadores de mercadorias criativas.
A UNCTAD qualificou como excepcional o desempenho da China e lembrou que o país vem dominando o comércio de mercadorias criativas nos últimos 13 anos, gerando também a expansão do mercado asiático, que vem se duplicando desde 2005.
Para as Nações Unidas, a criatividade da China alimenta o crescimento da economia criativa no mundo. “O desempenho da China é significativo, seja combinado com a atividade de outros países em desenvolvimento ou seja por si só”
Sobre o comércio de serviços criativos, a UNCTAD esclareceu que é mais difícil de se medir, mas ressaltou que há sinais de um crescimento robusto nesse quesito.
As manufaturas criativas fazem parte da produção de bens, mas há um debate sobre o que é fabricado em terceiros países para ser produzido na China. Nesse sentido, a UNCTAD considera que a criatividade da China alimenta o crescimento da economia criativa no mundo. “O desempenho da China é significativo, seja combinado com a atividade de outros países em desenvolvimento ou seja por si só”, aponta o relatório.
“Enquanto a economia chinesa cresce, seus produtos e serviços criativos crescerão em conjunto e terão um impacto duradouro no comércio e uma influência na cultura”, conclui o estudo.
(Tradução de Ana Araújo)