
Com a derrota do governo federal em relação a vacinação contra a Covid-19, militares aumentaram ostensiva para que o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, se afaste do comando do Ministério da Saúde. As informações são da Folha de S. Paulo.
Para integrantes das Forças Armadas de alta patente, a vitória do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que conseguiu sair na frente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na imunização da população, vinculou ao general da ativa uma imagem de negligência com a saúde da população, colocando em risco a aprovação das Forças Armadas.
A avaliação do Exército é que a melhor alternativa seria passar o ministro para a reserva, como os demais militares do primeiro escalão da gestão federal. Ele, assim, teria mais liberdade para defender as posições negacionista do presidente.
Desde o ano passado, quando era pressionado por não conseguir conter o crescente número de infectados e mortos com a Covid-19, no entanto, Pazuello tem resistido a essa alternativa.
Pazuello quer permanecer na ativa
De acordo com assessores do presidente, o general disse que prefere deixar o governo a passar para a reserva. A postura resoluta tem feito com que parte dos militares considere que a única alternativa se tornou realmente a sua saída da pasta.
Além do Exército, segundo reportagem da Folha, integrantes do centrão também retomaram a pressão para uma mudança no comando da Saúde. O bloco de partidos aliado à atual gestão tem interesse no comando da pasta.
Além de Pazuello, Bolsonaro avalia outras mudanças em sua equipe ministerial após a eleição da presidência da Câmara dos Deputados. São discutidas alterações em pastas como Turismo, Educação, Minas e Energia e a Secretaria de Governo.
Com informações da Folha de S. Paulo