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O Brasil passou de 370 mil mortes pelo coronavírus neste sábado (17). Embora seja um dos patamares mais elevados do mundo, o volume de novos casos e de óbitos por Covid-19 parou de crescer no país nas últimas semanas.
Os dados são do consórcio de veículos de imprensa que mostram que, em 24 horas, o país registrou 2.865 mortes por Covid-19 e totalizou 371.889 óbitos desde o começo da pandemia. Foram confirmados 65.792 novos casos em 24 horas. Já são 13.900.134 diagnósticos.
Os números das médias mostram que, depois de subir muito, elas estabilizaram. A média de casos tem 1% de aumento em duas semanas. São, em média, 65.207 novos casos por dia. A média de mortes é 6% maior do que duas semanas atrás. São, em média, 2.917 mortes por dia no Brasil.
Alto número de mortes estabilizado
Mesmo com um dos patamares mais elevados do mundo, o volume de novos casos e de óbitos por Covid-19 parou de crescer no Brasil nas últimas semanas. Desde o último dia 7, o país está no estágio estável no Monitor da Aceleração da Covid-19, da Folha de S.Paulo, que considera o volume de contaminações nos últimos 30 dias, com mais peso para o período mais recente.
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Esse patamar significa que houve estabilização do crescimento de novos casos, ainda que siga em patamares elevados, de acordo com o modelo desenvolvido por especialistas da Universidade de São Paulo (USP). Até o início do mês, o Brasil estava no nível acelerado, o que significa aumento rápido de novas contaminações.
O Brasil tem registrado agora 67 mil novos casos por dia, considerando a média móvel de sete dias, volume que se mantém desde meados de março. Nos meses anteriores, esse número vinha crescendo rapidamente. Em 8 de janeiro, por exemplo, houve acréscimo de 10 mil novos casos apenas nesse dia (considerando a média dos seis dias anteriores).
Sistema hospitalar sobrecarregado
Pesquisador em saúde pública da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes afirma que a situação não pode ser vista como de tranquilidade, dado que o patamar segue alto. Ele também destaca que o sistema hospitalar ainda está sobrecarregado e terá dificuldades de absorver novas subidas (e mal consegue atender a situação atual).
Segundo especialistas, as medidas restritivas que vêm sendo aplicadas com diferentes intensidades pelo país são as principais responsáveis pela estabilização dos casos. O avanço da vacinação em idades mais avançadas também pode ter alguma contribuição, afirma Ethel Maciel, epidemiologista e professora na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Os profissionais de saúde foram outro público já amplamente vacinado no país.
Oito unidades da Federação saíram de situação de acelerado para estável nas últimas duas semanas (AC, AL, AP, DF, GO, MS, RO, TO). Dois estados, Amazonas e Paraná, estão no patamar desacelerado, com ritmo de novos casos em queda.
Covid-19 nos estados e no DF
Onze estados aparecem com alta na média de mortes. Roraima (+63%) e Pará (+43%) tiveram os maiores aumentos. Em estabilidade, estão 11 estados e o Distrito Federal. Quatro estados estão com queda na média de mortes. As maiores reduções são na Paraíba (-27%) e no Rio Grande do Sul (-25%).
Vacinação segue lenta
No país, 246.610 pessoas receberam a primeira dose em 24 horas e o Brasil chegou a 26.024.553 de vacinados com a primeira dose, o equivalente a 12,29% da população. Receberam a segunda dose 9.479.785 pessoas ou 4,48% da população.
Com informações da Folha de S.Paulo e G1