O Brasil voltou a registrar mais de 2 mil mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass): foram 2.233 vidas perdidas para a doença. Com os óbitos, o Brasil ultrapassou as 272 mil mortes. Também foram registrados mais 75 mil casos de infecções pelo coronavírus, fazendo país chegar aos 11.227.717 contaminados pelo vírus.
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Na última quarta, 10 de março, segundo o Conselho, foram 2.286 óbitos. Número que supera os “recordes” macabros dos dias anteriores, como no dia 9 de março, com 1.972 mortes; 3 de março, com 1.910; e 5 de março, com 1.800. Embora altos, os números do balanço feito pelo consórcio dos veículos de imprensa – formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e Uol – na última quarta são ainda mais assustadores: 2.349 mortes em 24 horas.
Com o patamar inédito de mortes, a média móvel de óbitos dos últimos sete dias está em 1.703, aumento de 48% na comparação com a média dos sete dias anteriores, registrada em 25 de fevereiro. Já a média móvel de novos casos diários atingiu o patamar de 69.141, também com alta de 34,5% em relação há 14 dias.
O estado de São Paulo segue liderando a lista macabra, com 63.010 óbitos causados pela Covid-19. O Rio de Janeiro vem na sequência, com o registro de 34.083 mortes, seguido por Minas Gerais (20.087), Rio Grande do Sul (14.363) e Paraná (13.159).
Depois de amenizar discurso, Bolsonaro volta a atacar
Depois de dar sinais de que arrefeceria seu próprio discurso, nesta quinta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar opositores e a criticar medidas de enfrentamento da pandemia, chamando de “irresponsáveis” governadores que aderiram a restrições de circulação e abertura do comércio para conter a expansão da doença.
Durante participação virtual em reunião no Senado, Bolsonaro citou a possibilidade de invasões a supermercados, fogo em ônibus e greves em função do lockdown.
“Até quando? Até quando nossa economia vai resistir? Se colapsar, vai ser uma desgraça. O que poderemos ter brevemente? Invasão a supermercado, fogo em ônibus, greves, piquetes, paralisações. Onde vamos chegar? Será tarde para o sapo sair da panela”, disse Bolsonaro, sem fazer uso do equipamento de proteção. No discurso do presidente da República, enquanto o governo federal combate o desemprego, prefeitos e governadores estão “destruindo” a economia.
O “recado” contra as medidas foi endereçado diretamente aos governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Nesta quinta-feira (11), o gestor paulista anunciou novas restrições, inclusive toque de recolher no Estado, medida também aplicada no Distrito Federal. Bolsonaro comparou o isolamento a um “sapo fervido”, ou seja, depois de aumentada a temperatura, “não sai mais da panela”.