O Estado do Rio de Janeiro voltou a registrar alta de infecção da Covid-19 neste último sábado (5). Em 24 horas, foram 2.626 novos casos e outras 82 mortes, levando a 370.267 o número de infectados e a 23.099 o de vidas perdidas desde março.
Este foi o oitavo dia com aumento expressivo na média móvel de casos. Em paralelo, em toda a rede pública estadual, continua a pressão na Saúde por leitos exclusivos para o coronavírus: há lotação de 83% nas vagas de UTI. São 219 pacientes aguardando na fila de transferência por uma vaga de terapia intensiva.
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Com os dados, a média móvel passa a ser de 80 mortes e 2.501 casos. Há aumento de 56% no número de novos infectados, em relação há 14 dias. São 17.507 fluminenses com diagnóstico positivo apenas nos últimos sete dias.
Em relação à média móvel de óbitos, há uma queda de 18% na comparação com duas semanas, mas o cálculo é prejudicado pelas quatro datas em novembro em que os números de vítimas não foram atualizados devido a um problema no sistema do Ministério da Saúde. Com a situação, os dados que mostram com mais precisão a situação da pandemia no Rio são os que vêm dos hospitais. Há fila por leitos em todo o estado.
A análise dos dados foi feita a partir do levantamento do consórcio de veículos de imprensa, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.
83% em leitos de UTI ocupados
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a taxa de ocupação, considerando todas as unidades da rede estadual destinadas à Covid-19, está em 83% em leitos de UTI e em 63% em leitos de enfermaria. No total, na rede pública, 424 suspeitos ou confirmados de coronavírus aguardam transferência para leitos de internação, sendo 219 para UTI, que, de acordo com a pasta, podem ser regulados para diferentes redes, seja ela municipal, estadual ou federal.
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O Rio pode não ter voltado ao cenário do auge da pandemia: a realidade pode ser ainda pior. Enquanto se discute se a cidade enfrenta uma segunda onda ou um repique de casos do novo coronavírus, os registros de síndrome gripal não param de crescer, nas últimas semanas.
O município registrou 29.790 casos na semana epidemiológica, entre os dias 22 e 28 de novembro. O maior número até então tinha sido na semana mais crítica na cidade, entre os dias 26 de abril e 2 de maio, que teve 23.844 casos. O salto foi de 25% em relação ao pico.
Na sexta-feira (3), o governador em exercício Claudio Castro (PSC) e o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) anunciaram as medidas que serão tomadas para tentar conter o avanço da Covid-19. Ambos rejeitaram a possibilidade de voltar com as restrições, mas, além da abertura de novos leitos exclusivos para coronavírus, anunciaram novamente a suspensão das aulas presenciais da rede municipal de ensino e a ampliação no horário de funcionamento de centros comerciais, que agora poderão funcionar 24 horas.
As cidades do RJ com mais mortes pelo coronavírus são:
Rio — 13.570 mortes
São Gonçalo — 872 mortes
Duque de Caxias — 852 mortes
Nova Iguaçu — 773 mortes
Niterói — 610 mortes
São João de Meriti — 541 mortes
Campos — 480 mortes
Belford Roxo — 355 mortes
Os municípios com mais casos de Covid-19 são:
Rio — 144.199
Niterói — 19.139
São Gonçalo — 16.731
Duque de Caxias — 12.060
Belford Roxo — 11.625
Macaé — 11.355
Campos — 10.124
Teresópolis — 10.118
Com informações do jornal O Globo