
Pouco mais de três meses depois de atingir pico da pandemia de Covid-19, Manaus já enfrenta uma nova onda. Dados da FVS-AM apontam alta de 55,9% no número de casos, o que acabou por ocasionar um recuou na flexibilização dos serviços não essenciais.
Seguindo o decreto estadual, divulgado na quarta-feira (23) pelo governador Wilson Lima (PSC), a capital amazonense voltou a fechar bares, casas noturnas, clubes, flutuantes, praias e balneários. O texto também limita o público de feiras e exposições a 40% da lotação do espaço.
Em contrapartida, o estado anunciou a retomada das aulas do ensino fundamental das escolas da rede estadual de Manaus para o dia 30 de setembro. Os estudantes do ensino médio voltaram às aulas presenciais ainda em agosto. Já as aulas na rede privada retornaram em julho.
As aulas são híbridas, com dois dias de aulas presenciais e dois dias de aulas a distância, ou via internet ou pela televisão. Ainda assim, a retomada trouxe descontentamento entre os professores.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) emitiu uma nota pública cobrando a suspensão das aulas do ensino fundamental. Já a Assprom Sindical debate uma possível greve dos professores do ensino fundamental.
“Não é o retomo às aulas que está promovendo essa tendência de aumento na capital. São as aglomerações. Eu não vou deixar balada aberta e escola fechada”, argumenta Wilson Lima.
No entanto, o sindicato argumenta que mais de 2.000 professores tiveram teste positivo para Covid-19 após o retomo das aulas do ensino médio. Foram testados 8.129 profissionais.