Por Marcelo Hailer
Como resultado direto das investigações da CPI da Pandemia, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), ao contrário do Conselho Federal de Medicina (CFM), que se aliou ao negacionismo bolsonarista, vai investigar a Prevent Senior.
O Cremesp abriu 25 sindicâncias após receber denúncias contra a Prevente Senior feitas por médicos e pacientes à CPI da Covid.
A investigação do Cremesp vai se dar, principalmente, sobre a prescrição do chamado “Kit Covid” que a Prevent Senior aos pacientes. O Kit era composts por remédios ineficazes contra o coronavírus e pode ter levado pacientes a morte.
O trabalho do Cresmesp vai ser realizado em parceria com o Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Força-tarefa
O MP montou uma força-tarefa para investigar a Prevent Senior.
Os diretores e médicos podem ter cometidos os seguintes crimes: homicídio, por conta da prescriçao do “Kit Covid”; falsidade ideológica, por ter adulterado certidão de óbito de pacientes e omitindo que a morte foi em decorrência do coronavírus; omissão de notificação de doença obrigatória às autoridades.
CPI Prevent Senior: “Eles estavam matando as pessoas”
A CPI da Prevent Senior, instalada na Câmara Municipal de São Paulo no último dia 7 de outubro, ouviu nesta quinta-feira (29) o depoimento de quatro parentes de vítimas da Covid que foram se tratar na rede hospitalar que é investigada.
Os depoimentos, além de chocantes, revelam um modus-operandi que se repetiu com muito dos pacientes. Também traz à tona a questão do Kit Covid que era dado aos pacientes que, mesmo com sintomas de Covid-19 não eram internados, mas sim mandados de volta para a casa.
As histórias relatadas por Tomas Monge, Tercio Felippe, Gilberto Nascimento e Andreia Rotta, sobre via crucis que os seus respectivos parentes enfrentaram para serem tratados de maneira adequada – o que não encontraram – nos hospitais da Prevent Senior, são aterrorizantes, mas reforçam a tese e as suspeitas que pairam sobre a rede, de que havia um experimento com o chamado Kit Covid.
À Fórum, o presidente da CPI da Prevent, o vereador Antônio Donato (PT), declarou que os depoimentos foram “estarrecedores. Toda lógica nesses casos foi de evitar custos de internação e sugerir o chamado ‘cuidados paliativos’, uma preparação para a morte das pessoas. Criminoso. A CPI vai até o fim para apurar responsabilidades.
Confira os depoimentos dos parentes das vítimas aqui.