O defensor público da União Jovino Bento Júnior pediu afastamento do trabalho e proteção policial. Ele é o mesmo que moveu uma ação contra o programa de trainees exclusivo para negros da rede de lojas Magazine Luiza. Segundo o jornal O Globo, que teve acesso ao documento, Júnior afirmou que ele e sua família vêm sofrendo supostos ataques e ameaças na internet.
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A ação movida por Júnior contra a Magalu vem recebendo criticas de especialistas, pelo Movimento Negro Unificado (MNU) e por colegas da própria Defensoria Pública da União (DPU).
“E em meio a esse caldo efervescente e sem qualquer intervenção ou providência, de qualquer destas instâncias, o ódio só cresceu. O que poderia ter sido evitado com a ação tempestiva e correta não o foi. E assim passei a receber ameaças de atentado contra a minha vida, tanto quanto contra a minha família”, diz trecho do documento de Jovino Bento.
No pedido, Júnior ainda faz duras críticas a ativistas e políticos do Partido dos Trabalhadores (PT) e afirma que estão tentando cercear sua autonomia funcional.
Ele também anexou ao pedido uma cópia de suposta ameaça feita a ele e critica a falta de apoio da Defensoria Pública da União.
“Nunca trabalhei, Exmo. Defensor Geral, em uma instituição tão desumana. Paradoxalmente aquela que se diz mais humanista. Isso é triste”, alega.
Além da dispensa, manutenção do salário de R$ 24 mil mensais e proteção policial, Júnior também solicita uma nota de desagravo assinada pelo defensor público-Geral Federal, Gabriel Faria Oliveira.
O pedido de Jovino Bento foi aceito pelo defensor público-geral federal, Gabriel Faria Oliveira, que encaminhou na tarde desta terça-feira (13) ofício ao superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, Marcio Nunes de Oliveira, em que solicita proteção policial ao defensor público.