O presidente Jair Bolsonaro voltou a ser o assunto mais comentado no Twitter nesta sexta-feira (22), após a Pesquisa Exame/Ideia mostrar que a aprovação do mandatário despencou de 37% para 26% e a desaprovação ao governo saltou para 45%.
A queda abrupta da popularidade do ex-capitão do Exército – em grande parte relacionada ao colapso da saúde vivido pelo Amazonas e à flagrante desorganização de sua gestão na vacinação contra a Covid-19 – foi encarada por muitos como mais um sinal do fim da era bolsonarista.
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De acordo com o levantamento divulgado pela revista, a rejeição a Bolsonaro é ainda maior nos estratos de maior renda e de maior escolaridade: entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, 58% não aprovam a gestão do presidente.
No grupo dos que têm ensino superior, 64% desaprovam o governo federal. Os absurdos ligados ao chefe de Estado vêm gerando uma onda crescente de protestos, que devem se intensificar até este sábado (23), quando manifestações prometem reacender a urgência do impeachment.
‘Desgosto do povo’
Presidente do PSB Nacional, Carlos Siqueira destacou os números que Bolsonaro terá de enfrentar. “EM QUEDA | Tem vacina para falta de popularidade? A má condução da pandemia, com a crise em Manaus e um cronograma atrapalhado de vacinação, derrubou em 11 pontos a aprovação do presidente Bolsonaro. O vírus espalha o desgosto do povo pelo Chefe da Nação”, comentou.
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‘Basta’
Líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ) pediu basta às ações do mandatário. “Cada vez mais brasileiros rejeitam Bolsonaro, graças à sua gestão criminosa no enfrentamento da pandemia. Basta!”.
‘Omissões criminosas’ de Bolsonaro
O deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) comemorou a franca implosão do bolsonarismo. “Começamos a sexta com a ótima notícia da queda da popularidade de Bolsonaro para, ainda incríveis, 26%. Mas já é uma resposta clara do povo brasileiro contra a postura adotada por ele sobretudo na pandemia. Ações inexplicáveis e omissões criminosas. Precisa responder por isso”.
‘Bolsonaro derrete’
O derretimento de Bolsonaro também se tornou óbvio para Camilo Capiberibe (PSB-AP). “Bolsonaro derrete. Aprovação caiu 11 pontos percentuais, para 26%. 214 mil mortos pelo coronavírus, atraso no acesso à vacina, declarações desumanas, desemprego, fim do auxílio emergencial, aumento no gás e alimentos… #ImpeachmentBolsonaroJa #ImpeachmentBolsonaro”, apoiou o deputado federal.
‘A hora é agora’
Para o Presidente do PSOL, Juliano Medeiros, os números favorecem a aprovação de um dos mais de 60 pedidos de impeachment protocolados contra Jair Bolsonaro. “Com apoio de apenas 1/4 dos brasileiros e brasileiras nenhum governo para de pé. A hora de instalar o impeachment é agora!”, declarou.
‘O impeachment vem aí’
Presidente Nacional do Cidadania também profetizou. “O impeachment vem aí! A oposição a Bolsonaro cresce de verdade na sociedade”.
O mesmo presságio foi feito pelo Presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi. “A queda de 11% da aprovação de Bolsonaro revela o caminho genocida e anti-povo do seu governo”, escreveu em suas redes.
214 mil mortes pela Covid-19
A ex-ministra Marina Silva, uma das fundadoras do partido Rede Solidariedade, disse que o presidente Bolsonaro apostou suas fichas no caos, na anticiência e na ideologização da pandemia. “Já perdemos mais de 214 mil vidas. É preciso interromper essa política deliberada de incentivo a ações que promovem a morte em prejuízo de milhares de vidas”, defendeu.
‘Pior presidente da história’
Líder da Minoria na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) foi sucinto ao compartilhar a pesquisa. “Tá na hora do #forabolsonaro”.
Líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE) disse que a pesquisa confirma que Bolsonaro “é o pior presidente da nossa história!”.
‘Cabe ao povo afastá-lo’
Ex-aliado, um dos fundadores e ex-presidente do Novo, João Amoêdo afirmou que o presidente “é um mal para o Brasil e não podemos nos omitir”. “Caberá a nós, o povo, o dever de trabalhar para que ele seja afastado. Se você concorda com abertura do processo de impeachment, assine esse abaixo assinado http://bit.ly/FORABOLSONARO”, afirmou, compartilhando um abaixo-assinado pelo afastamento de Bolsonaro.
Exposição dos ‘isentões’
Na web, ainda tem crescido a exposição de parlamentares que não se posicionaram a respeito do impeachment e a cobrança para que eles apoiem a saída de Bolsonaro.
O grupo hacktivista internacional Anonymous engrossou o coro pelo impeachment. “Presidente Jair Bolsonaro. O pior índice de aprovação popular da História. 26%. #impeachmentJa”, escreveu no Twitter, para logo depois emendar: “Importante: Presidente Jair Bolsonaro finalmente uniu o país. Direita + Esquerda juntas por carreatas em prol do impeachment. Sem volta”.