83% dos entrevistados dizem estar pouco ou nada satisfeitos com preservação da Amazônia
Ao pensar na Amazônia, brasileiros sentem tristeza, indignação, vergonha e medo, segundo pesquisa realizada pelo Observatório Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e destacada pela Folha de S. Paulo. Ao todo, foram entrevistados 1.200 brasileiros, com margem de erro de 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos.
A tristeza é o sentimento principal em relação ao a situação da floresta, predominante em cerca de 24% dos entrevistados; 17% afirmaram sentir indignação e 13%, vergonha. O medo também foi relatado por 11%.
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A insatisfação com preservação do bioma afeta 83% dos entrevistados, se espalhando por todas as faixas etárias e todos os níveis de ensino. Com o presidente Jair Bolsonaro minimizando os danos ambientais e seu governo realizando o desmonte da fiscalização, a grande maioria dos brasileiros (88%) se diz preocupada ou muito preocupada com a Amazônia.
No primeiro ano da Amazônia sob Bolsonaro, houve uma explosão de 34% no desmatamento em relação ao ano anterior, considera-se o mesmo período do ano. Cerca de 10 mil km2 de floresta foi destruída em 2019.
No entanto, o pior ainda está por vir. Dados do Deter, programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que a situação para 2020 será ainda pior.
Na tentativa de se justificar, Bolsonaro costuma afirmar, sem provas, que a mídia distorce informações sobre a Amazônia para prejudicar a imagem do país no exterior e questiona o interesse de estrangeiros sobre o bioma.
A pressão internacional para que o desmate cesse encontra respaldo na opinião de 54% dos entrevistados na pesquisa. Por outro lado, 41% consideram que se trata de um assunto de soberania nacional e que a comunidade internacional não tem o direito de intervir na política ambiental brasileira.
Com informações da Folha de S. Paulo