
A já conhecida postura de subserviência da família Bolsonaro em relação ao ex-presidente dos Estados Unidos marcou mais uma visita do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a Donald Trump.
O filho do presidente, em tom de bajulação, postou, em suas redes sociais, fotos sobre a visita e uma mensagem, na qual, enche o empresário de elogios e sugere que Trump visite o Brasil.
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“Estou do lado dos que não se curvam ao politicamente correto, trabalho na luta contra regimes autoritários evitando assim novas guerras. Estou do lado de homens de reputação ilibada e autoridade moral para andar de cabeça erguida nas ruas a qualquer tempo, que defendem a família, a propriedade privada, a legítima defesa pelas armas de fogo, a liberdade religiosa, enfim, as liberdades naturais”, escreveu Eduardo.
“Estamos juntos em convergência de ideais e hoje pude trocar experiências com Presidente Trump sobre Brasil e EUA. Aproveitei para convidá-lo para ir ao nosso país quando entender conveniente, quem sabe num CPAC-Brasil”, acrescentou.
Corrupção
O filho do presidente afirmou que Trump tem reputação ilibada. Ele esqueceu que o ex-presidente dos Estados Unidos já foi acusado de corrupção.
Em maio de 2020, por exemplo, um tribunal federal de Washington D. C. reiniciou um processo contra ele por ter lucrado com o cargo público, valendo-se de um de seus hotéis de luxo.
A acusação, feita pelo estado de Maryland e pelo Distrito de Columbia, alegava que Trump violou a Constituição e foi corrupto ao aceitar lucros com a hospedagem de autoridades estrangeiras e norte-americanas no Trump International Hotel, em Washington.
Trump segue banido das redes sociais
O filho de Jair Bolsonaro também esqueceu que o ex-presidente dos EUA sequer pode compartilhar os posts bajuladores. Trump segue banido das redes sociais por incitar a violência durante a invasão do Capitólio. Há algumas semanas, no início de julho, ele anunciou que pretende processar as gigantes da tecnologia Twitter, Facebook e Google, assim como seus presidentes. Ele alega que o ponto de vista dos conservadores está sendo silenciado pelas plataformas.
No dia 6 de janeiro deste ano, Trump incitou a violência que culminou com a invasão da sede do Congresso dos EUA, o Capitólio. O objetivo era impedir a certificação da vitória do atual presidente do país, Joe Biden.
O anúncio foi feito em discurso no seu campo de golfe em Nova Jersey.
De acordo com o site Axios, o processo vai pedir o retorno imediato de todas suas contas nas plataformas onde hoje está impedido de fazer publicações, além de exigir reparações financeiras. No anúncio, disse que seria algo em torno de “trilhões de dólares”.