O ex-governador de Pernambuco e ex-presidente do PSB, Eduardo Campos, completaria 56 anos neste dia 10 de agosto de 2021. Reconhecido como uma das grandes lideranças políticas do país, o socialista não enxergava qualquer caminho para o Brasil fora da democracia. Se vivo estivesse, estaria na linha de frente da oposição ao projeto autoritário e antipopular de Jair Bolsonaro, que atenta contra a democracia no país.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, recorda a tradição democrática e popular que orientou a trajetória política de Eduardo Campos e destaca a falta que o líder socialista faz neste momento crítico.
“Eduardo faz muita falta ao Brasil, em especial neste momento crítico, pela tradição democrática e popular que representou e que o comprometeu sempre com os anseios da maioria do povo brasileiro por uma vida digna e pelo direito inegociável de viver numa democracia.”
Carlos Siqueira
Como um democrata, recorda o presidente do PSB, Eduardo tinha claras as prioridades de uma gestão voltada para o desenvolvimento econômico e social, quando governou o Estado de Pernambuco e também com o projeto nacional apresentado nas eleições à presidência da República em 2014.
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“Homem de concepções democráticas claras, que nascem de dentro e não de um frágil verniz eleitoral, ou artimanha retórica, Eduardo investiu persistentemente na construção de um modelo de gestão que se caracterizava pela coerência das distintas políticas públicas, prioridades claríssimas para a educação, ciência e tecnologia, saúde pública, segurança; atenção às questões de gênero, raça, cultura popular”, afirma Siqueira.
“O vastíssimo legado político de Eduardo é um norte para a nossa luta e o horizonte para a transformação do Brasil, que ainda clama por justiça social, por desenvolvimento e pelo amadurecimento da democracia”, resume.
“O Brasil seria outro”
Em artigo publicado na Folha de S. Paulo no ano passado, o então deputado federal e filho de Eduardo, João Campos (PSB), afirmou que “se aqui ele estivesse, o Brasil seria outro”.
“Nunca tive dúvida de que Eduardo teria ganhado a eleição presidencial de 2014. Assim, faria algo que ainda está em falta no país: pacificaria a política em torno de um projeto de desenvolvimento e inclusão, respeitando as diferenças existentes em nossa nação. Eduardo sabia o caminho para alcançar esse objetivo. Ele tinha o olhar atento e sensível para perceber a oportunidade do bônus demográfico brasileiro —isto é, via o Brasil com uma população jovem e capaz de construir melhorias”, diz o texto.
“Já que ele não está aqui, cabe a nós, os que respeitavam e acreditavam no Brasil idealizado por Eduardo, homenageá-lo fazendo o que ele teria feito. Seremos ponte, e não muro. Vamos construir um país melhor unindo brasileiras e brasileiros em uma cantilena única: combater a desigualdade social, criando uma nação mais justa, fraterna e democrática”, finalizou o artigo.
Neto do também ex-governador e ex-presidente do PSB Miguel Arraes, Eduardo governou o Estado pernambucano por dois mandatos (2007-2010 e 2011-2014), deixando o cargo em abril de 2014 para disputar a Presidência da República.
Foi casado com Renata Campos e pai de cinco filhos: Maria Eduarda, João Campos (atual prefeito do Recife pelo PSB), Pedro Henrique, José Henrique e Miguel Henrique. A primogênita do pernambucano está grávida do seu primeiro filho e primeiro neto de Eduardo. O bebê é bisneto de Ana Arraes, atual presidente do Tribunal de Constas da União (TCU), e tataraneto de Miguel Arraes.Vítima de um acidente aéreo na cidade de Santos, em São Paulo, Campos faleceu no dia 13 de agosto de 2014, em plena disputa eleitoral para Presidência da República.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional