O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, publicou nesta terça-feira (10) uma mensagem congratulando o Corpo de Fuzileiros Navais estadunidense pelo aniversário de 245 anos. O vídeo que acompanha a publicação feita pelo embaixador relata que o destacamento é o “maior do mundo” e está “sempre de prontidão para responder de forma rápida, seja por terra, ar ou mar“.
A publicação de Chapman foi feita horas depois de o presidente Jair Bolsonaro falar em usar “pólvora”, no lugar da diplomacia, em resposta a uma declaração do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Ainda durante a campanha eleitoral estadunidense, o democrata aventou a possibilidade da imposição de sanções ao Brasil por causa do desmatamento e das queimadas na região, de acordo com a Folha.
Resposta
Questionada, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília respondeu nesta quarta-feira (11) que o vídeo não tem relação com as declarações de Bolsonaro.
“O vídeo do Corpo de Fuzileiros Navais de ontem (anteontem), em produção há mais de uma semana, foi publicado para comemorar o aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, não para qualquer outro propósito”, disse a assessoria de imprensa da Embaixada dos Estados Unidos.
Na mensagem publicada em sua conta no Twitter, Chapman escreveu que o “Destacamento de Fuzileiros Navais na Embaixada e nos Consulados dos Estados Unidos compartilha uma longa história e uma relação importante e duradoura com a diplomacia, que nos permite construir com segurança uma relação bilateral mais forte com o Brasil”.
Uma das passagens do vídeo publicado pelo embaixador norte americano mostra fuzileiros navais americanos perfilados à frente do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e marchando na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Ainda no vídeo, Chapman afirma que o Corpo de Fuzileiros Navais mantém homens no Brasil para a proteção das missões diplomáticas dos EUA.
Repercussão
A declaração de Bolsonaro foi considerada “infeliz” por oficiais e feita em momento “inconveniente“, dada a necessidade futura de estabelecer um vínculo com o governo Joe Biden. O presidente expressou com uma figura de linguagem, segundo generais, um conceito que costuma ser estudado na diplomacia e nas Forças Armadas, a “ultima ratio regis”, que significa, em latim, a “última razão dos reis”, ou último recurso para um conflito.
Com informações do Estadão
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