O cartão de crédito é a principal modalidade de endividamento, com 77,6%.
O endividamento das famílias bateu recorde de 66,6% em abril, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O estudo demonstrou que aumentou o número de famílias que contrariam dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.
A primeira Peic realizada após o início da pandemia de coronavírus no Brasil coletou dados de 20 de março a 5 de abril, informou o Correio Braziliense.
A renovação da alta do endividamento, neste mês, se baseou na ampliação do crédito ao consumidor, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
“A crise com a covid-19 impõe ao governo a adoção de medidas de estímulo ao crédito”, disse Tadros ao jornal.
O dirigente defende iniciativas que promovam prazos mais longos para pagamentos ou alongamentos de dívidas e redução do risco de crédito.
“Assim, os consumidores poderão quitar as contas em dia sem maiores dificuldades, afastando a piora nos indicadores de inadimplência nos meses à frente.”
Tipos de dívidas
Quando o quesito é modalidade de endividamento, o cartão de crédito continua sendo o mais apontado pelos brasileiros como a principal: 77,6%. Em segundo estão os carnês (17,5%) e o financiamento de veículos (10,2%) na terceira posição.
Socialistas em ação contra a pandemia
Na Câmara Federal foi aprovado o Projeto de Lei 675/20 de autoria dos deputados federais Denis Bezerra (PSB-CE) e Vilson da Fetaemg (PSB/MG), que impede a inscrição de pessoas físicas e jurídicas no banco de cadastro de inadimplentes, como o SPC e Serasa, enquanto durar a pandemia.
O PL dos socialistas altera a lei 12.414/2011, que regulamenta a formação e consulta a bancos de dados relativos a adimplência.
Apresentado em 17 de março, o projeto aguarda apreciação do Senado Federal.
” Em caso de aprovação, será convertido em lei com validade até a superação da pandemia, sob a orientação do Ministério da Saúde”, explicou Bezerra em seu perfil no Facebook.