Enquanto a rede privada ficou estagnada, a rede pública de ensino fundamental do Brasil mantive o ritmo de avanço no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2019. A melhora reduz a distância de desigualdade entre as escolas, mas os dados indicam que 31% das escolas municipais não alcançam a meta.
O Ideb, calculado a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inpe), considera o desempenho de estudantes em avaliação de matemática e língua portuguesa, chamada Saeb, e as taxas de aprovação escolar.
A avaliação federal é feita ao fim de três etapas: anos iniciais (5º ano) e finais (9º ano) do ensino fundamental e ainda o ano final do ensino médio. Desde 2007, a rede pública brasileira consegue superar a meta estabelecida para os anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano).
A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Izabel Lima Pessoa, afirmou que a pasta quer ter um olhar especial para os anos finais do ensino fundamental. Todavia, o presidente da Undime, Luiz Garcia, afirma que a grande diversidade de realidades entre as regiões do Brasil traz desafios.
“Temos municípios de alto Ideb que já enfrentam desafio de avançar, o que indica que precisamos repensar aquilo que temos”, afirmou ele
Metas
Em relação aos anos iniciais, as redes públicas do estado de São Paulo lideram o indicador, registrando nota 6,5. Na sequência aparecem as redes públicas do Paraná, que alcançaram nota 6,4.
Nessa etapa, não atingiram a meta estabelecida (5,5) para o ano passado as redes públicas dos estados de Roraima, Amapá, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Já quanto aos resultados obtidos nos anos finais (do 6º ao 9º ano), o Ideb das redes públicas do Brasil subiu de 4,4 para 4,6, no mesmo período. Porém, a pontuação ainda está abaixo da meta que foi estabelecida, que é a nota 5.
Para essas séries, somente sete estados conseguiram alcançar as metas estabelecidas para o ano passado: Amazonas, Piauí, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Paraná e Goiás.
Com informações da Folha de S. Paulo