Nesta sexta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a gestão da pandemia feita pelo Ministério da Saúde “está funcionando” e que o general Eduardo Pazuello, que comanda a pasta interinamente, faz “um excelente trabalho”. Em sua transmissão semanal nas redes sociais, o presidente afirmou que vê muita gente questionando se Pazuello deveria ser substituído, já que não tem formação médica.
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Críticas
O presidente rebateu as críticas. “Tivemos um primeiro médico lá, olha a desgraça que foi“, afirmou ele em relação ao ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que saiu do cargo após uma série de embates com o presidente sobre a estratégia de condução da pandemia.
“O segundo foi muito rápido, o garoto lá, o segundo ministro foi muito rápido”, afirmou Bolsonaro sobre o ex-ministro Nelson Teich. Também médico, ele deixou a pasta após embates com o presidente após sofrer pressão por ampliar a prescrição de hidroxicloroquina para combater a Covid-19.
O medicamento, defendido por Bolsonaro, não tem eficácia comprovada no tratamento da doença.
“Tenho nada a falar sobre ele, tenho até que agradecer a colaboração que ele nos deu, o Teich, por um pequeno período de tempo”, concluiu Bolsonaro. A gestão federal da pandemia também tem sido criticada pela falta de defesa do isolamento social como estratégia para conter o avanço do vírus.
Já sobre Pazuello, que ocupa o posto interinamente há 76 dias, Bolsonaro fez elogios. “Ele tem atendido quase tudo, não só recursos como meios; alguns prefeitos têm pedido a hidroxicloroquina e ele tem feito rapidamente chegar lá, então está funcionando.”
O presidente ainda classificou a escalada de militares em postos da pasta como “coincidência”. “São mais de cinco mil funcionários no Ministério da Saúde aqui em Brasília. Ele levou 15 militares para lá. É a equipe dele, pô, coincidência.”
Com informações do Estadão