Helenês Cândido (MDB), ex-governador do Goiás, faleceu nesta quinta-feira (18) após esperar três dias por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no município de Santa Helena, no sul do estado. Na quarta (17), o político estava sendo transferido para a cidade de Caldas Novas, onde seria internado em uma unidade com suporte para hemodiálise do qual necessitava. Porém, não resistiu às complicações da Covid-19 e veio a falecer no trajeto.
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O político goiano foi diagnosticado com o coronavírus no início do mês e ficou internado, junto com a esposa também infectada, até ser liberado sem grandes complicações. Porém, dias depois ele voltou a passar mal e foi hospitalizado novamente. Após grave piora de seu estado de saúde ele foi intubado e passou a aguardar uma vaga em UTI, que nunca chegou a ocupar.
Luto oficial
Helenês Cândido foi o segundo ex-governador do Goiás a falecer pela Covid-19. Maguito Vilela, eleito prefeito da capital do estado, Goiânia, nas eleições de 2020, veio a óbito em janeiro deste ano após ficar internado por quase três meses. Maguito governou o Goiás de 1995 a 1998.
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Diante de mais esta perda, o presidente da Assembleia Legislativa do Goiás (Alego), deputado Lissauer Vieira (PSB-GO), decretou luto oficial de três dias.
“Lamento profundamente a morte de mais um ex-governador do nosso Estado para a covid-19. Helenês foi um grande político, exemplo de trabalho e conquistas, mas também de humildade e retidão. Ele também passou por essa cadeira que hoje eu ocupo, como presidente da Alego, e trouxe vários avanços para a Casa. Com certeza, deixa um legado brilhante”, comentou.
Situação no estado
De acordo com informações da Secretaria de Saúde do estado, Goiás já possui 447.747 mil casos confirmados da Covid-19 desde o início da pandemia. Até o momento, já foram registradas 10.045 mortes e 272 ainda estão sob suspeita, aguardando confirmação. Ao todo, 424.231 mil pessoas conseguiram se recuperar da doença.
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No início desta semana, o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) decidiu assumir o comando das medidas de isolamento em todo estado, após 235 municípios entrarem em estado de calamidade, faltando apenas 11 cidades para que a situação fosse geral. Por meio de um decreto, ele determinou revezamento do lockdown pelos próximos 14 dias, sendo duas semanas de flexibilização e outras duas de medidas restritivas.
“No momento mais crítico da primeira onda, no ano passado, atingimos uma média de 421 óbitos por semana. Hoje, já chegou a 437 óbitos por semana, e numa escala crescente. Ultrapassamos o pior momento da primeira onda e numa tendência de crescimento”, alertou Caiado.