O arroz orgânico irá compor cesta com outros alimentos.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) dá exemplo e doou 12 toneladas de arroz orgânico para famílias em vulnerabilidade no Rio Grande do Sul.
A ação visa amenizar as dificuldades das famílias em função do isolamento provocado pela pandemia de coronavírus.
Em sua página no Facebook, o movimento informa que as 12 toneladas de arroz orgânico vão compor cestas básicas que serão doadas pelas cooperativas gaúchas do movimento, devido ao Covid-19 e a uma das maiores secas já vista no estado.
Os trabalhadores rurais Sem Terra não medem esforços. Para o coordenador do Grupo Gestor do Arroz Agroecológico do MST, Emerson Giacomelli, a proteção à vida vem em primeiro lugar para camponeses do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“Nesse momento tão difícil, de pandemia do coronavírus e de estiagem, todos precisam doar um pouco de si para que possamos passar por isso”, declarou Giacomelli, coordenador do Grupo Gestor do Arroz Agroecológico do MST.
As entregas dos kits com arroz, feijão, farinha, massa, azeite e detergente começaram na quarta-feira (1°) na Lomba do Pinheiro e Vila Cruzeiro, em Porto Alegre, e bairro Santa Isabel, em Viamão.

A iniciativa faz parte de campanha do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS (Consea) e Comitê Gaúcho de Emergência no Combate à Fome. A proposta visa atender as famílias carentes, neste primeiro momento na capital e região Metropolitana.
Sidnei Santos, da direção estadual do MST/RS, chama a atenção para o momento de pandemia, em que muitos trabalhadores têm uma queda na renda e na aquisição de alimentos pela impossibilidade de realizar suas atividades produtivas.
“Portanto, essa doação expressa a solidariedade dos assentados, e isso significa repartir aquilo que temos”, pontua.
O movimento registra em seu portal que entrou na campanha, junto com o Consea e o Comitê, dia 25 de março, por intermedição do deputado estadual Edegar Pretto (PT).
O político articulou com o Executivo pedido para que o governo gaúcho adquira produtos dos assentamentos, para distribuir às famílias que estão passando fome diante da crise do coronavírus.
A proposta ao governo pede que o estado adquira os produtos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O PAA foi criado em 2003 e possui duas finalidades básicas: promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.