Em reação às medidas de reestruturação propostas pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido), funcionários do Banco do Brasil programam um dia de paralisação nacional para esta sexta-feira (29). Em um anúncio feito no último dia 11 de janeiro, o presidente da instituição, André Brandão, afirmou que o governo pretende fechar de 361 pontos de atendimento, sendo 112 agências, e demitir 5 mil funcionários.
Após imensa repercussão causada pelo comunicado, o presidente chegou a cogitar a demissão de Brandão, por temor de que isso impactasse a candidatura de seu candidato à presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas parece ter sido demovido da ideia diante da certeza da vitória. Bolsonaro pretende comandar o Poder Legislativo e a confiança sobre a votação a favor de Lira já o teria feito ‘virar a página’ em relação ao assunto.
A decisão de fazer uma paralisação de 24 horas nesta sexta foi tomada na última segunda (25) em assembleia virtual de funcionários do banco. Segundo nota do Sindicato dos Bancários de Brasília, durante um dia os trabalhadores cruzarão os braços em manifestação à proposta de reestruturação da instituição anunciada recentemente. Uma das principais críticas dos funcionários é a redução salarial de até 40%.
“A perspectiva é de revertermos essa desestruturação com fechamento de agências e demissão em massa, principalmente com a evolução da entrada em cena também de atores sociais e políticos em defesa do Banco do Brasil como instituição pública indissociável da vida dos brasileiros e do processo de desenvolvimento do nosso país”, pontuou o presidente da entidade, Kleytton Morais.
De acordo com o BB, a decisão sobre a reestruturação visa ganhos de eficiência operacional. A estimativa é economizar R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões, até 2025. Uma das metas da instituição é reduzir as agências físicas e reforçar a sua presença digital. O banco tem hoje 22 milhões de clientes digitais e quer conquistar mais 5,5 milhões em 2021. As medidas levantaram suspeitas de que o banco se prepara para uma privatização, mas Bolsonaro negou qualquer tentativa.
Com informações do Metrópoles
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