
A partir desta segunda-feira (14), o gás de cozinha terá um aumento de 5,9%, autorizado pelo Governo Federal, por meio da Petrobras, em um anúncio na última sexta-feira (11). Na prática, o valor do preço médio deve ultrapassar os R$ 100.
Segundo a Petrobras, o reajuste do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), mais conhecido por gás de cozinha, segue equiparado do preço internacional e acompanha a taxa de câmbio e as variações do valor dos produtos. As distribuidoras e revendedores são livres para definir como será repassado o reajuste, mas é do bolso do consumidor que sairá a maior parte.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), na semana anterior ao reajuste o valor nas capitais variavam de R$ 75,97 no Rio de janeiro (RJ) até 104,67 no Macapá (AP). Quatro das cinco cidades onde o preço é mais elevado fica na região norte do Brasil.
Molon critica mais um aumento
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), comentou que o quinto aumento de gás apenas esse ano mostra a inverdade da análise do governo Bolsonaro de que a “economia vai bem”. “Bem para quem? O povo tem que escolher entre pagar o mercado, a conta de luz ou o gás”, criticou.
Aumento de 17,25% do nos últimos 12 meses
O gás de cozinha acumula alta de 17,25% nos últimos 12 meses. O valor é quase cinco vezes a inflação, que teve no mesmo período o acréscimo de 3,5%. É o quinto aumento do produto em 2021, que vem se tornando uma prática quase mensal.
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) criticou o novo aumento. Para o parlamentar, o aumento em meio a pandemia é negar dignidade ao cidadão. Afirmou que a política econômica do Governo Federal é desastrosa.
Gás natural e gasolina também sofre altos reajustes
O gás natural vem sofrendo fortes altas em 2021. Em maio, o gás natural teve reajuste de 39%. Mesmo que o uso nas residências seja de apenas 2%, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). O alto reajuste impacta indiretamente o consumidor, com aumento em produtos que tem indústrias funcionando com o gás natural, são algumas: Indústrias de fertilizantes, siderurgia, vidro, papel e celulose, química, cerâmica, cimento e alumínio.
A gasolina e o diesel também acumulam um forte aumento. Na parcial de 2021, a gasolina aumentou 37,5% e o diesel 34,1% nas refinarias, mas segundo a Petrobras essa alteração não impacta necessariamente o preço nas bombas, pois o valor depende da revenda dos distribuidores e revendedores.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no país, o preço médio da gasolina nas bombas acumula alta de 24,70% em 2021. Nos últimos 12 meses o acréscimo é de 45,80%.
Com informações do G1