Nesta quinta-feira (21), governadores de 15 estados assinaram um ofício endereçado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pedindo que ele retome o diálogo com China e Índia, países fornecedores de insumos para a produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil.
“Nesse sentido, solicitam a essa Presidência que seja avaliada a possibilidade de estabelecimento de diálogo diplomático com os governos dos países provedores dos referidos insumos, sobretudo China e Índia, para assegurar a continuidade do processo de imunização no país”, diz o ofício assinado por Wellington Dias (PT), governador do Piauí e líder do grupo sobre estratégias para vacina contra Covid-19 no Fórum Nacional de Governadores.
Leia também: China revela reunião com Pazuello sobre vacina
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), também destacou, em seu microblog, a necessidade imediata da articulação para a continuidade da imunização.
“Estamos enfrentando há quase um ano essa pandemia, que tem tirado milhares de vidas diariamente, e precisamos garantir esses insumos e os imunizantes para darmos sequência à vacinação da população. Só assim iremos vencer essa crise sanitária que estamos vivendo”, afirmou.
Estamos enfrentando há quase um ano essa pandemia, que tem tirado milhares de vidas diariamente, e precisamos garantir esses insumos e os imunizantes para darmos sequência à vacinação da população. Só assim iremos vencer essa crise sanitária que estamos vivendo.
— Paulo Câmara 40 (@PauloCamara40) January 20, 2021
Ainda assinam o documento os governadores de Alagoas, Renan Filho (MDB); do Amapá, Waldez Goés (PDT); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Pará, Helder Barbalho (MDB); da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de São Paulo, João Doria (PSDB); e de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD).
Vacinação
Iniciada na última segunda-feira, a vacinação contra a Covid-19 no país pode ser interrompida em pouco tempo por dificuldades na importação de imunizantes prontos e de matéria-prima para a produção. O programa começou com 6 milhões de doses da Coronavac, importadas da China, cujo uso emergencial foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Outras 2 milhões de doses prontas da vacina Oxford/AstraZeneca, também tiveram o uso aprovado. Produzidas pelo laboratório Serum, da Índia, essas doses ainda não foram enviadas e não há previsão para isso. O governo brasileiro chegou a preparar um avião na semana passada para buscar o imunizante, mas o país asiático negou a liberação imediata.
O Instituto Butantan ainda aguarda a chegada do chamado insumo farmacêutico ativo, o princípio ativo da vacina, que também vem da China, para poder fabricar mais doses da CoronaVac.
Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também aguarda o envio pela China de insumos para produzir as primeiras doses da vacina Oxford/AstraZeneca no Brasil. No entanto, o atraso na entrega deve adiar de fevereiro para março o início da fabricação.
Com informações do UOL
2 Comentários