Novo tributo sobre transações digitais elaborado pela equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) recebeu o aval do presidente Jair Bolsonaro. Agora, junto ao deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, Guedes busca o apoio do Centrão antes de apresentá-la ao Congresso Nacional.
Nesta terça-feira (22), Barros marcou almoço em sua casa, em Brasília. Lá marcaram presença o ministro da Economia e deputados do grupo político formado por partidos como PP, PSD e Republicanos.
A proposta prevê alíquota de 0,2% sobre o valor de qualquer transação digital. O montante arrecadado será usado para cobrir a desoneração da folha para quem ganha até um salário mínimo. Também está no plano a ampliação da isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física de R$ 1.900 para R$ 3.000.
De acordo com a Folha de S. Paulo, durante o almoço, Guedes afirmou que enviará nos próximos dias o texto da proposta para os líderes da base do governo. Dessa forma, eles podem dar início a um processo de convencimento com os demais deputados.
Se a articulação de Barros na Câmara funcionar, o governo espera enviar a proposta do novo tributo formalmente nas próximas duas semanas. Dessa forma será possível incorporá-la ao relatório da reforma tributária, a cargo do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Entre as barreiras encontradas está o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é contra uma nova CPMF. Caso queira, ele poderia barrara a votação da proposta até o fim do mandato, que se encerra no início de 2021.