Por Domingos Leonelli*
A proposta socialista para os candidatos a presidente em 2018.
Pela resolução emanada do congresso eleitoral do PSB, as secções estaduais e os militantes do PSB poderão escolher livremente, uma candidatura a presidente da república do campo progressista.
Essa decisão decorreu da desistência do ministro Joaquim Barbosa concorrer à presidência pelo PSB, que teve como consequência algumas secções estaduais a fecharem acordos a partir das realidades regionais.
Nosso partido, no entanto, não abre mão de apresentar suas propostas para um projeto nacional de desenvolvimento diz respeito a reforma do Estado, a um novo federalismo e a um novo modelo de presidência social. E também um novo modelo de desenvolvimento econômico.
Chamamos a atenção, nós do site socialismocriativo.com.br, para o fato de que nenhuma das candidaturas presidenciais ter destacado a Inovação e a Economia Criativa como um eixo autônomo de desenvolvimento. Até agora os programas de governo limitaram-se a incluir a inovação, a cultura, o turismo e a pesquisa ou ciência e tecnologia como atividades complementares aos seus programas de governo.
A maioria dos candidatos centra seus projetos econômicos na reindustrialização do País, como se isso fosse possível e pudesse ser feito com sucesso sem inovação e sem integração as novas cadeias globais de valor.
Ocorre que não basta reconhecer o papel da uma indústria 4.0, de inovação tecnologia ou mesmo da dimensão econômica da cultura.
Necessário compreender que esses fatores (inovação, tecnologia, cultura, turismo, novas tecnologias ambientais e sociais) resultaram na criação de novas cadeias de valores global, em que o setor mais dinâmico é a produção, distribuição e comercialização de softwares, design, informação cultural, projetos culturas, serviços ligados ao turismo.
Não é por acaso que as maiores empresas do mundo de hoje são produtoras de intangíveis e produtos de alto valor agregado (um celular da Apple tem 90% do seu valor atribuído a inteligência embarcada ao aparelho).
Google, Microsoft, Amazon, Netflix, Facebook e Apple, não são as maiores empresas do mundo, e não apenas porque movimentam mais dinheiro. Mas porque formam uma nova cadeia de valor que se baseia no setor mais dinâmico da economia.
A China socialista já compreendeu isso e faz da Inovação e da Economia Criativa um dos seus eixos de desenvolvimento.
* Presidente do Instituto Pensar, diretor do site Socialismo Criativo e membro da Executiva Nacional do PSB. Texto publicado em 28/08/2018.