
João Campos (PSB), prefeito de Recife (PE), anunciou na manhã de hoje (3) que irá solicitar a aquisição de 200 mil doses da vacina contra a Covid-19. A compra será realizada por meio de um consórcio firmado pelos gestores que compõem a Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Por meio do seu perfil no Twitter, Campos informou o quantitativo e já divulgou qual a principal estratégia do seu governo.
“Com isso, nós vamos conseguir aumentar a velocidade da vacinação dos idosos e conseguir fazer a vacinação dos trabalhadores da educação. Só na rede própria do Recife são 10 mil trabalhadores que nós queremos vacinar da maneira mais rápida possível”, adiantou.
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O anúncio ocorre menos de 24 horas depois de João Campos formalizar a manifestação de interesse em participar do consórcio.
Recursos internacionais
Neste primeiro momento, nenhum dos municípios irá realizar nenhum aporte financeiro para a compra dos imunizantes. Em entrevista à CNN Brasil o presidente da sociedade da FNP, Jonas Donizette (PSB), explicou que o primeiro caminho será solicitar recursos internacionais, por meio do Governo Federal, com entidades próximas à Frente, como a União Européia.
“Com isso, se nós tivermos essa retaguarda, que está prevista em lei, o repasse financeiro de verba do governo federal para o consórcio com fim específico já tem previsão legal. E agora nós também temos a lei do senador Rodrigo Pacheco que reafirma que, com o não cumprimento do PNI, os municípios podem fazer a aquisição das vacinas”, afirmou Donizette.
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Porém, como os recursos não são garantidos, o grupo já planejou uma alternativa para o caso do dinheiro não ser disponibilizado com a agilidade esperada: o uso dos recursos municipais. Ele argumenta que as diferentes capacidades orçamentárias das cidades irão fazer com que umas possam comprar muito mais que as outras, mesmo que isso não corresponda à necessidade de cada uma delas.
“Caso não tenhamos sucesso nesse caminho, cada município que aportar uma determinada quantidade e terá o correspondente em vacina de acordo com o aporte financeiro. Não achamos este o melhor caminho porque vai ter uma distinção muito grande de poderio econômico entre as cidades”, comentou.