O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB-MA), empossou dois mil jovens no programa Agente Jovem Ambiental, em cerimônia no Palácio dos Leões, em São Luís. O programa estadual vai oferecer bolsas de R$ 250 reais durante 12 meses a jovens maranhenses, para que eles atuem na preservação e conservação ambiental de todos os 217 municípios do Estado.
Durante o evento, que ocorreu nesta segunda-feira (9), o socialista contextualizou que a Amazônia é decisiva para a segurança climática do mundo.
“O Brasil tem sido cada vez mais demandado para que os serviços ambientais do ecossistema sejam mantidos e ampliados. É nosso dever fazer este papel, mas, ao mesmo tempo, também exigir que o mundo e investidores privados, nacionais e internacionais, ajudem a Amazônia, com apoio a projetos de bioeconomia, economia verde, para que as pessoas possam viver de forma sustentável.”
Flávio Dino
O governador também destacou o significado da iniciativa ambiental do Governo do Estado. O programa Agente Jovem Ambiental, assim como o Maranhão Verde, outra importante iniciativa de apoio financeiro às comunidades rurais do estado, se insere no esforço para que o Estado, como integrante da Amazônia Legal, ajude a região a ser valorizada e a cumprir sua função “neste contexto tão desafiador que a humanidade atravessa”, afirmou.
Os jovens, depois de formados, vão atuar na promoção de ações socioambientais em suas localidades. Para isso, os selecionados receberão um auxílio financeiro mensal no valor de R$ 250 durante 12 meses. O programa também ofertará camisa e certificados. O Agente Jovem Ambiental é coordenado pela Escola Ambiental e executado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema).
Governador Flávio Dino celebrou posse de jovens
O governador comemorou a posse dos novos agentes pelo Twitter.
O titular da Sema, Diego Rolim, acredita que esta é uma ação efetiva em torno do meio ambiente e que tem como finalidade, conscientizar a população e fazer essa municipalização cada vez mais eficaz, para diminuir os impactos socioambientais.
“Esse projeto visionário do governador Flávio Dino é justamente para que os jovens possam atuar nas peculiaridades dos seus municípios. Um projeto que mostra que o Maranhão não tem só o diálogo, mas a concretização das ações em nosso estado”
Diego Rolim
Para os jovens contemplados no programa, a oportunidade representa uma contribuição para um futuro melhor. “O programa será muito importante para incluir jovens e isso representa o futuro de São Luís. Vamos aprender as práticas corretas e fazer o melhor para o meio ambiente. Um aprendizado que será muito bom para nós”, avaliou o estudante Ítalo da Silva, 18 anos.
“Achei interessante, pois, além de ajudar outras pessoas a preservar o meio ambiente, vamos contribuir para manter espaços da nossa cidade, a exemplo do Parque Rangedor. Tenho formação em Técnica de Meio Ambiente e por isso me inscrevi e achei legal a proposta do programa”, citou a Emmylle Pinheiro, 20 anos.
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Autorreforma e preservação ambiental
Em sua proposta de Autorreforma, o PSB entende que é urgente a defesa dos serviços ecossistêmicos prestados pelos
biomas, empreendendo ações políticas que visem ao fortalecimento do sistema de áreas protegidas, de proteção integral e de uso sustentável, além de medidas que objetivem recuperar as políticas para garantir a homologação de terras indígenas, a reforma agrária e a regularização fundiária de povos e comunidades tradicionais.
“A base para essa construção é a emergência do estabelecimento de um Projeto Nacional de Desenvolvimento que absorva e incorpore o conceito de desenvolvimento sustentável e da Economia Criativa. Esse Projeto precisa incorporar estratégias que compreendam a importância que as novas tecnologias desenvolvidas em tempos de Economia 4.0 exercem sobre esse enorme ativo econômico brasileiro, que são os seus biomas.”
Autorreforma PSB
Para os socialistas, o desenvolvimento sustentável é compreendido como aquele que provê pelo menos as condições de vida atual, garantindo pelo menos as mesmas condições para as gerações futuras. Esse desenvolvimento tem
três pilares constituintes: Uma economia inclusiva, a proteção social e a conservação ambiental.
Amazônia 4.0
De acordo com o texto da Autorreforma, para organizar um necessário projeto de desenvolvimento sustentável para a Amazônia brasileira é fundamental estabelecer uma estratégia para o efetivo exercício da soberania nacional sobre a região, pois o montante e os valores dos ativos existentes nesse território possuem grande valor. A biodiversidade amazônica proporciona diversas vantagens competitivas mundiais e pode ser um fator estratégico na economia, principalmente para a inovação tecnológica na região, na cadeia de valor global.
Os socialistas defendem que uma estratégia de desenvolvimento sustentável da Amazônia deve
ser parte integrante de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, liderado por um governo que
tenha como objetivo inserir soberanamente o Brasil nas cadeias globais de valor, com uma produção
biotecnológica genuinamente brasileira.