A ex-chefa de Estado e atual vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, teve um dos mais importantes processos de corrupção que corriam contra ela arquivado. Nesta sexta-feira (26), um tribunal federal de Buenos Aires foi o autor da determinação. Ainda cabe recurso à decisão.
No caso que ficou conhecido como Hotesur e Los Sauces a justiça investigava a administradora do hotel Alto Calafate, um dos três que os Kirchner possuem na província patagônica de Santa Cruz.
A suspeita era de que empresários ligados ao kirchnerismo compraram diárias nos hotéis da família como forma encoberta de lavar supostos subornos. A ex-presidenta e seus filhos, Máximo e Florencia, foram acusados de suposta lavagem de dinheiro e associação ilícita. Os filhos também foram beneficiados com o arquivamento do processo.
Leia também: Peronismo enfrenta crise após derrota na eleição legislativa na Argentina
Em 2015, uma nova investigação entrou em curso. Desta vez, sobre a imobiliária Los Sauces, também pertencente à família.
A justiça acusou Kirchner de liderar uma associação ilícita para lavar dinheiro de obras públicas por meio de operações na empresa.
Os principais clientes da Los Sauces eram os empresários Lázaro Báez e Cristóbal López, que fizeram aportes milionários em aluguéis.
Na decisão de arquivamento, nesta sexta-feira (26), pelo Tribunal Oral Federal 5, o argumento utilizado foi de que os fatos em que se baseava a acusação de associação ilícita já foram julgados na província de Santa Cruz.
Outro dos argumentos apresentados pelos juízes é que não houve lavagem de dinheiro porque, quando os fatos ocorreram, existia uma lei diferente da atual, que favorece os acusados.
Com informações do El País