Dia 11 de dezembro a Fundação João mangabeira estará lançando na Bahia o seu Boletim de Conjuntura Brasil Nº 6, cuja a capa traz o título Socialismo Criativo. O evento se realizara na FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências – Avenida Luís Viana Filho, Nº 8812, Paralela, ás 18 horas com a presença de Carlos Siqueira preside nacional o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Além de uma apresentação de Renato Casagrande Presidente da FJM – Fundação João Mangabeira, O Boletim traz uma nota histórica de Paulo Miguez e textos de minha autoria.
Um dos textos e exatamente porque do Socialismo Criativo, parte do princípio que o desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção em qualquer variante teórica, tem na tecnologia um ponto de inflexão. Uma das principais transformações desta nova era é a comunicação digital que transitou da comunicação de massa predominante a o final do século XX para intercomunicação individual da internet como bem observa teórico Manuel Castells, por outro lado se nos últimos anos o capitalismo demonstrou sua criatividade traduzidas em produtos de valor universal, exportando cultura e, até mesmo, modo de vida, o socialismo supostamente seus sucedâneo histórico, precisará demonstrar o seu potencial criativo. Ou quedará vencido como o sociíssimo soviético que se revelou incapaz de criar marcas e produtos aptos a disputar com os produtos do capitalismo.
Em outras palavras o capitalismo moderno só será efetivamente superado por um socialismo criativo.
Pressentindo a inviabilidade de manter o regime de partido único, clássico das antigas ditaduras do proletariado, ou das “democracias populares” a China está investindo pesado no design, na inovação tecnológica, e no fortalecimento cultural, enfim, na economia criativa para sair do Made in China para o Design in China.
O próprio “socialismo de mercado” chinês reintroduzindo, sobre o controle e limites do estado, empresas e iniciativas capitalistas na china, é uma forma criativa de assegurar o desenvolvimento do socialismo na segunda maior economia do mundo.
Mais a ideia do socialismo criativo não inclui apenas a economia criativa, mas a inovação no seu sentido mais amplo, a sustentabilidade ambiental, o empreendedorismo, a participação democrática, e principalmente, novas formas e metodologia de organização social e política.
Se a criatividade capitalista tem como objetivos principais a ampliação do mercado e do lucro, a criatividade socialista deve ter como objetivo a ampliação de espaços de na sociedade e o bem-estar das pessoas.
E a agenda dos partidos políticos socialista que lutam pelo socialismo democrático no mundo, precisam incorporar a inovação e a economia criativa como estratégia de desenvolvimento social econômico e político.
O socialismo criativo deve se constituir na dimensão social e humana do desenvolvimento das forças produtivas e da revolução tecnológica.
Aliás como diz o jovem filosofo Yuval Noah Harari “o humanismo é um revolucionário credo que conquistou o mundo no seculo mais recente”.
27/11/2017
Domingos Leonelli
Presidente do Instituto Pensar