Preocupado com escalada da violência política às vésperas da eleição, o líder do PSB na Câmara, Bira do Pindaré, apresentou, nesta terça-feira (12), Projeto de Lei que restringe o porte de armas “no período compreendido entre a semana imediatamente anterior e imediatamente posterior ao pleito eleitoral”.
A medida proposta no texto não atinge profissionais que tenham atividades relacionadas à segurança pública ou privada.
Leia também: PL propõe que crimes motivados por política tenha pena de até 30 anos
Segundo o parlamentar destaca em sua proposta, “o clima de intolerância associado ao crescente número de pessoas autorizadas a comprar e portar armas constituem um verdadeiro barril de pólvora para a ocorrência de novos atentados, ataques violentos e assassinatos nos próximos meses”.
Este cenário, associado aos discursos de ódio e de incitação à violência promovidos por Bolsonaro culminaram, no último dia 10 de julho, no assassinato do dirigente partidário Marcelo Arruda, por um apoiador do presidente da República, em Foz do Iguaçu (PR).
“Trata-se de medida essencial para a segurança de eleitores, candidatos, bem como para a garantia da ordem constitucional e do Estado Democrático que hoje se veem ameaçados por atos extremistas fundados na intolerância. Este projeto traz medidas fundamentais para a garantia de eleições livres e pacíficas”, justifica Bira do Pindaré.
Lula pede à militância cautela diante da violência política
Nesta terça-feira (12) durante o Ato Juntos pelo DF e pelo Brasil, em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo à militância para não cair nas provocações de bolsonaristas neste ano eleitoral.
“Vou falar para vocês como eu falava para os companheiros nas greves de 1980: não quero ninguém aceitando provocação. Serão três meses em que nós vamos nos multiplicar nas ruas e daremos uma lição de moral, inspirados em Gandhi. É assim que nós vamos melhorar a vida do povo brasileiro”, disse Lula.
O petista sugeriu aos presentes que, enquanto os apoiadores de Bolsonaro empunham armas, que a militância de esquerda vá para cada evento com um livro na mão. “Essa será nossa resposta. Se alguém provocar vocês mandem eles morder o próprio rabo”, brincou.