
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Líderes de sete partidos, da Oposição e da Minoria na Câmara dos Deputados, se juntaram em apoio ao requerimento do deputado federal Camilo Capiberibe (PSB-AP). Em coautoria com outros socialistas, o parlamentar solicita que seja aprovado a “Moção de Repúdio às comemorações do aniversário do golpe civil-militar de 1964”.
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No documento, os parlamentares argumentam que o Congresso Nacional sofreu com as arbitrariedades da ditadura civil-militar entre 1964 e 85, a qual cometeu “atos de violação aos princípios democráticos e os crimes de lesa humanidade que merecem repúdio”. Citam como exemplo o fim das eleições diretas; a extinção dos partidos políticos; o fechamento do Congresso por tempo indeterminado; a cassação de mandatos de prefeitos e governadores, de deputados, senadores, ministros do Supremo.
Além disso, destacam a repressão aos opositores, com a prática de “crimes de tortura – inclusive a violência sexual contra homens e mulheres como método; a censura aos meios de comunicação; a proibição de reuniões, dentre outros.”
“Esta Casa, portanto, espaço de representação democrática e popular, eleita pelo voto direto dos cidadãos e cidadãs brasileiras, através do seu presidente, deve manifestar-se contra quaisquer tentativas de negacionismo ou revisionismo históricos relativos ao golpe civil-militar de 1964”, concluem.
São coautores da moção Lídice da Mata (PSB-BA), Elias Vaz (PSB-GO), Bira do Pindaré (PSB- MA), Gervásio Maia (PSB-PB), Denis Bezerra (PSB-CE).
Ao final, os deputados ainda evocam o deputado Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte que, ao promulgar a Constituição Cidadã de 1988, afirmou: “Temos ódio e nojo à ditadura” (…) “Traidor da Constituição é traidor da Pátria”.
O pedido de moção recebeu o apoio dos líderes Danilo Cabral (PSB), Elvino BohnGass (PT), Isnaldo Bulhões (MDB), Talíria Petrone (PSOL), Wolney Queiroz (PDT), Renildo Calheiros (PCdoB), Joênia Wapichana (Rede), Marcelo Freixo (Minoria) e Alessandro Molon (Oposição), além de 40 outros parlamentares de diversos partidos.
Leia requerimento na íntegra aqui.
“Não esquecer para não repetir”
No dia de lembrar do golpe militar de 1964, o lema “não esquecer para não repetir” nunca foi tão necessário. Por isso o Samba do Peleja e o coletivo Samba da Resistência promovem um ato político-cultural nesta terça-feira (31), às 19h. Em função da pandemia da Covid-19 o ato será realizado no formato virtual.
“Música e depoimentos de quem viveu e vive a luta contra o autoritarismo. O evento também servirá para arrecadar recursos que serão destinados a doações de cestas básicas organizada pelo movimento feminista do DF e pelo Fundo de Apoio à Periferia do DF.”
Convite Ditadura e fascismo nunca mais!
O ato será transmitido no Facebook do Midia Ninja (www.facebook.com/midianinja), no canal oficial da CUT-DF no YouTube e também no Facebook.