Entre as prioridades de um eventual governo Lula-Alckmin está o fortalecimento da agricultura familiar a o uso dos bancos públicos para estimular a economia e as conquistas sociais.
Em ato realizado em Brasília na noite desta terça-feira (12), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou os principais temas de seu programa de governo.
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O petista afirmou que além do combate à fome, geração de emprego, investimento em educação e saúde de qualidade, é preciso garantir incentivos para os agricultores familiares, que são responsáveis pela produção da maior parte dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro.
O ex-presidente falou em retomar e fortalecer relações multilaterais com Mercosul e Brics, por exemplo, e disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai voltar a emprestar dinheiro para o pequeno e médio empresários e empreendedores.
Ressaltou que o Banco do Brasil vai voltar a realizar empréstimos para os pequenos agricultores e garantir o crescimento da agricultura familiar. E disse que a Caixa Econômica Federal voltará a disponibilizar recursos para aquisição da casa própria.
“Esse país tem que voltar a crescer, voltar a gerar emprego, melhorar a qualidade da educação, cuidar da creche à universidade para que as nossas crianças, os nossos adolescentes e os nossos adultos possam estudar. Ter uma boa política internacional, para que a gente receba financiamento de fora para cá. Ter uma agricultura empresarial forte, mas tem que ter uma agricultura familiar forte, porque são eles que produzem 70% do alimento que nós comemos. Esse país tem que ter hospital de ponta, mas esse país tem que ter médico nas cidades de interior que, muitas vezes, uma pessoa morre de dor de barriga porque não tem um médico”, listou Lula.
Respeito ao meio ambiente
O ex-presidente falou também sobre as questões socioambientais como pautas urgentes na recuperação do Brasil. E afirmou que o país precisa voltar a ter políticas públicas voltadas para a Amazônia, às comunidades indígenas e reibeirinhas.
“Esse país não vai mais derrubar árvore para criar gado, para plantar cana ou plantar soja ou milho. Esse país vai aprender que a questão climática é uma questão muito séria, e que o Brasil tem um potencial extraordinário de repatriar para o país dinheiro por conta do sequestro de carbono”, afirmou.
E voltou a enfatizar a necessidade de uma mudança de olhar sobre a Amazônia. “Esse país tem que ter consciência de que a Amazônia é nossa, é um patrimônio do povo brasileiro, mas se a gente não tem capacidade de cuidar porque não tem dinheiro, a gente tem que fazer parcerias com outros países, cientistas do mundo inteiro venham, para que a gente tire proveito da biodiversidade para pagar salário e dar melhor condição de vida para o povo ribeirinho, para o povo que mora na Amazônia”, finalizou.