
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira (23) durante sua participação na coletiva de imprensa do governo do estado de São Paulo que os “brasileiros precisam dessa vacina [CoronaVac] e das outras”. Também se colocou à disposição do governador João Doria (PSDB) ajudá-lo com o que chamou de “entrevero” da vacina chinesa.
“Eu espero que, através do diálogo, a gente possa construir a solução. Não apenas para São Paulo, mas para todos os brasileiros que precisam dessa vacina e das outras – da [vacina] de Oxford, vacinas que estiverem prontas –, para que a gente possa garantir proteção, principalmente ao grupo de risco”, afirmou.
Produzida pelo Instituto Butantan – que é vinculado ao governo paulista – em parceria com a farmacêutica chinesa SinoVac, a CoronaVac está no centro de um embate que envolveu o Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro e Doria (leia mais ao final da reportagem).
Nesta terça-feira (20), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou negociação para adquirir 46 milhões de doses do imunizante. Contrariado, Bolsonaro disse no dia seguinte que mandou cancelar o protocolo.
Acordo de SP para a vacina
O governo de São Paulo fechou contrato com a Sinovac para a aquisição de 46 milhões de doses da CoronaVac.
Destas, 6 milhões virão prontas da China e as outras 40 milhões serão envasadas e rotuladas no Instituto Butantan. Como o acordo também prevê transferência de tecnologia para a produção da vacina, o Butantan passará a produzir mais doses em larga escala após a adaptação de uma fábrica.
A CoronaVac está na terceira fase de testes entre profissionais de saúde brasileiros. Para que ela seja liberada para uso na população, sua eficiência ainda precisa ser comprovada.