
A alta dos preços levou a população novamente às ruas esta semana no Panamá. Sindicatos e movimentos sociais, como a aliança Povos Unidos pela Vida, que lidera o movimento, prometem manter as manifestações e protestos até o governo convocar uma mesa de negociação única para buscar soluções para a crise que atravessa o país e para as demandas dos segmentos.
A Igreja Católica do Panamá tem atuado como mediadora os grupos manifestantes e o governo e anunciou a criação de uma mesa de diálogo entre sindicatos e representantes dos sindicatos que têm organizado os protestos nacionais e as organizações governo.
Os manifestantes cobram a redução e congelamento dos preços dos combustíveis, dos alimentos, remédios e das contas de energia elétrica.
O Conselho de Ministros do presidente de centro-esquerda Laurentino Cortizo, do Partido Revolucionário Democrático, aprovou no domingo (17) a redução da gasolina e do diesel para U$ 3,25, (R$ 17,5) o galão. Porém, a medida não atende as reivindicações dos manifestantes.
Em nota oficial, o Executivo afirmou que destinaria U$ 200 milhões para segurar os preços dos combustíveis. Proposta que foi rejeitada pelos movimentos populares. Eles defendem que os recursos venham do controle dos lucros dos importadores, não dos impostos pagos pela população.
O que gerou impasse entre o governo e a Aliança Nacional pelos Direitos do Povo Organizado (Anadepo), a aliança Povos Unidos pela Vida e as autoridades dos povos originários, que haviam fechado acordo para formar um bloco único para liderar as discussões com o Executivo em busca de justiça social.
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Igreja Católica
A Igreja Católica anunciou nesta terça-feira (19) uma mesa de diálogo com os movimentos que lideram os protestos e o governo social-democrata de Cortizo, iniciada na província de Coclé. Após conversar com os representantes dos manifestantes, a arquidiocese do Panamá prometeu incluir no diálogo “cada um dos atores da sociedade”.
Além disso, a arquidiocese também destacou que por conta da “situação de emergência que a população sofre, encorajamos todos os participantes neste diálogo a dar sinais de boa vontade e construir consensos num clima de paz, tendo como centro a justiça social e o bem comum”, o que foi aceito pelo governo do Panamá e publicado em suas redes sociais.
Com informações do Opera Mundi e Prensa Latina