
Carne de pescoço. Foi assim que o pré-candidato ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB), se referiu a si mesmo ao comentar o resultado da pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (30). Na pesquisa ele aparece com 16% das intenções de voto e está atrás apenas de Fernando Haddad (PT), que lidera com 28%.
“Saiu Datafolha. Faz um mês que todo dia falam que eu não sou mais candidato, que não vou ser candidato. E saiu Datafolha de novo, e nós estamos no 2º turno. É difícil esse Márcio França, hein”, disse o socialista em um vídeo publicado no Twitter.
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Depois de França e Haddad, o republicano Tarcísio de Freitas aparece com 122% e o atual governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), com 10%.
O Datafolha entrevistou 1.806 pessoas com uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e teve um custo de R$ 231.902,00. O estudo foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-02523/2022.
Márcio França já chegou a admitir a aliados que poderia abrir mão da eleição. Ele ainda não tem apoio de outros partidos e uma possibilidade seria ingressar na chapa com Fernando Haddad na disputa pelo Senado Federal.
Porém, em diversas ocasiões afirmou que a decisão sobre sua candidatura deveria ser tomada com base no desempenho dele e do petista nas pesquisas eleitorais.
Nacionalmente, o PSB está na coligação com o PT, com a chapa Lula-Alckmin e os partidos tentam resolver as candidaturas nos Estados.
Desistência de Datena muda corrida à vaga no Senado em SP
O apresentador José Luiz Datena (PSC) anunciou nesta quinta-feira (30) que não vai concorrer ao Senado Federal por São Paulo. É a quarta vez que ele veicula seu nome a algum cargo político, mas acaba desistindo.
Datena fez isso no último dia do prazo legal para seguir como apresentador na televisão e não deu muitas justificativas. Com a saída do apresentador, o cenário muda caso Márcio França decida desistir da candidatura ao governo e disputar uma vaga no Senado.
Datena seria candidato na chapa com Tarcísio Freitas e teria o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL). A janela que se abre com a saída de Datena, pode abrir uma nova possibilidade para França.
Caso esse cenário se consolide, Bolsonaro ficaria sem um nome na disputa pelo Senado e ficaria fragilizado no Estado que tem 33,1 milhões de eleitores e é o maior colégio eleitoral do Brasil.
Se esse cenário se consolidar, Bolsonaro fica fragilizado no Estado que tem 33,1 milhões de eleitores, o maior eleitorado do país.