A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede) foi excluída de lista da Fundação Palmares de personalidades negras do país pelo Presidente da Fundação, Sergio Camargo. O anuncio ocorreu na conta do Twitter de Camargo.
“Marina Silva foi excluída da lista de personalidades negras da Fundação Cultural Palmares. Marina não tem contribuição relevante para a população negra do Brasil. Disputar eleições não é mérito. O ambientalismo dela vem sendo questionado e não é o foco das ações da instituição”, escreveu.
Desse modo, Marina não foi a primeira a ser retirada da lista de Personalidades Negras da instituição. Ademais, no final de setembro, Camargo retirou a candidata à prefeitura do Rio, a deputada federal Benedita da Silva (PT), da mesma lista, justificando que a petista responde a processo por improbidade administrativa e que seus bens foram bloqueados.
Sobrou até para Madame Satã, personagem representativo da vida noturna carioca e vivido no cinema por Lázaro Ramos em filme homônimo de Karim Aïnouz de 2002.
Marina Silva não foi a primeira vítima
Em síntese, Sérgio Camargo tem histórico de atacar o movimento negro. Em reunião com os servidores da Fundação Palmares em abril, Camargo chamou o movimento negro de “escoria maldita” e afirmou que a escravidão foi “benéfica para os descendentes” de escravos no país.
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Posteriormente, no começo de outubro, Ele também usou a conta no twitter para informar que A Fundação Cultural Palmares, responsável pelo fomento da cultura afro-brasileira no País, não dará suporte ao Dia da Consciência Negra em 2020.
“O suporte da Fundação Cultural Palmares ao Dia da Consciência Negra será ZERO”, informou o Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo.
Com informações da Folha de São Paulo.