Morre dom Pedro Casaldáliga, o bispo do povo

Grande referência na luta dos direitos humanos, Dom Pedro Casaldáliga morreu na manhã deste sábado (8), aos 92 anos. O bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), faleceu vítima de insuficiência respiratória, em Batatais, interior de São Paulo, onde estava internado na UTI da Santa Casa local desde a última quarta-feira (5).

O anúncio da morte foi feito em comunicado conjunto pela Prelazia de São Félix do Araguaia, a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Claretianos) e a Ordem de Santo Agostinho (Agostinianos). 

Um pouco sobre o bispo

De origem catalã, ele nasceu como Pere Casaldáliga i Pia em Balsareny, na província de Barcelona, em 1928 e veio ao Brasil em 1968 para assumir a prelazia de São Félix do Araguaia (MT), em meio à ditadura militar, de q…

Também conhecido como Bispo do Povo, o religioso escolheu as causas indígenas, dos ribeirinhos, e camponeses sem terra como missão de sua vida, quando chegou ao Brasil na ditadura militar.

Engajado, ficou conhecido internacionalmente como defensor dos direitos humanos, por sua oposição aos latifundiários e exploradores ilegais da Amazônia.

O bispo emérito ajudou a criar o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e teve atuação ativa na criação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). As CEBs são responsáveis por dar profundidade à militância política da Igreja Católica.

Durante a ditadura recebeu várias ameaças de expulsões do país pelos governantes militates, insatisfeitos com a sua pregação política, e contou com o apoio firme da ala progressista da Igreja Católica.

Durante a ditadura recebeu várias ameaças de expulsões do país pelos governantes militates, insatisfeitos com a sua pregação política, e contou com o apoio firme da ala progressista da Igreja Católica.

Dom Pedro Casaldáliga já tinha a saúde abalada pelo Mal de Parkinson. O corpo do bispo deverá ser enterrado em São Félix deo Araguaia. Ainda não foram divulgadas informações sobre as cerimônias fúnebres.

Com informações de Veja e O Globo