
A força-tarefa instituída pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) para cuidar especialmente do caso Marielle Franco e Anderson Gomes alcançou, na sexta-feira (12), uma de suas primeiras missões, ao concretizar um acordo judicial com o Facebook para obter dados que possivelmente ajudem na investigação e busca aos mandantes do crime.
Leia também: ‘Quem matou Marielle Franco?’, parlamentar americana questiona Ernesto Araújo
Com o acordo proposto pelo próprio Facebook, será a primeira vez que a empresa disponibilizará dados para a investigação, embora haja anterior determinação judicial para isso.
“Esperamos que o longo período de tempo em que eles se recusaram a nos fornecer os dados não tenha causado prejuízo e que esse acordo possa resultar em informações importantes para aprofundar as investigações”, explicou a coordenadora da força-tarefa, promotora de Justiça Simone Sibilio.
Nos próximos dias, Simone vai se reunir com familiares da Marielle e de Anderson.
“Não podemos afirmar que, com as informações do Facebook, chegaremos aos mandantes, mas esperamos que ajudem”, acrescentou a promotora que, no fim da manhã da sexta-feira, teve uma reunião virtual com Monica Benicio, viúva de Marielle Franco, para falar sobre o andamento das investigações.
Acordo
A análise sobre o acordo com o Facebook é da 4ª Vara da Comarca da Capital, que já havia determinado multa de R$ 5 milhões pelo descumprimento da decisão judicial.
O pedido para a concretização do acordo foi feito no último dia 24 de fevereiro, pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), no período em que cumpriu os prazos processuais e exerceu o controle externo de todos os atos policiais, antes da instituição da força-tarefa coordenada por Simone.
Com informações da CNN Brasil