Por Julinho Bittencourt
A fusão do DEM e o PSL foi aprovada nesta quarta-feira (6), nas respectivas convenções dos dois partidos. Surge a partir disto, o União Brasil, maior partido de direita do país.
A sigla adotará o número 44 nas urnas e terá 82 parlamentares, a maior bancada na Câmara dos Deputados, além de oito representantes no Senado Federal.
A proporção é comparável com a bancada do PFL, que em 1997, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), chegou a contar com 103 deputados, o vice-presidente Marco Maciel e o presidente do Senado Antônio Carlos Magalhães.
Com a fusão, o PT segue como segundo maior partido, com 53 representantes. Logo a seguir virá o PP, partido do atual presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, com 42 parlamentares.
A nova legenda vai disputar as eleições estaduais com pelo menos 12 nomes como cabeças de chapa. A estimativa dos dirigentes da legenda é de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologue a fusão até fevereiro, antes da janela de troca de desfiliações em março.
Novo partido também foi negociado com PP
Após ganhar o comando do governo com o presidente da sigla, Ciro Nogueira, no Ministério da Casa Civil, o PP negociou uma fusão com o PSL para que os dois partidos pudessem abocanhar a maior parte do fundo eleitoral.
Em agosto, um dos entraves do acordo, era a filiação de Bolsonaro ao novo partido, que encontrava resistência na ala do PSL liderada pelo presidente da sigla, Luciano Bivar.
Após usar o PSL para se eleger em 2018, Bolsonaro entrou em atrito que resultou em prejuízos financeiros a Bivar, com a extinção do DPVAT e do DPEM.
No ano passado, as duas legendas ficaram com R$ 165 milhões do fundo partidário no ano passado. Em 2022, o fundo eleitoral – usado nas campanhas – deve dobrar. Após acordo de Bolsonaro deve aprovar os R$ 4 bilhões acordados com o centrão, em vez dos R$ 5,7 bilhões aprovados no Congresso.
Porém, as negociações não andaram e fusão do PSL foi fechada com o DEM.