
O ministro da Saúde, Nelson Teich, participou de videoconferência com senadores nesta quarta-feira (29) e foi duramente cobrado pelos parlamentares por ações efetivas de ajuda a estados e municípios.
O baixo número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de respiradores e de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde foi apontado por senadores de quase todos os estados brasileiros.
O ministro afirmou que o maior problema para enfrentar a pandemia é a falta de informações sobre o vírus e sobre sua transmissibilidade, se os curados ficam imunes e por quanto tempo dura essa imunização. Tudo isso porque o vírus é novo e ainda está sendo estudado em todo o mundo.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que o Amapá é um dos estados com maior intensidade de contágio da covid-19 e que a situação é dramática.
“Eu lhe peço, desesperadamente, socorro. Temos pouquíssimos respiradores; precisamos de respiradores urgentemente. Precisamos testar; somos o estado que menos testa. Peço vosso socorro para que não aconteça aqui o que está acontecendo em Manaus”, disse Randolfe.
O ministro se disse solidário aos estados mais atingidos e que o ministério está buscando respiradores dentro e fora do Brasil. Informou também que o governo está criando um canal para receber propostas de parceria de instituições e empresas que tenham soluções alternativas para produção de respiradores e ventiladores mecânicos. Teich informou que o ministério mandou 25 respiradores para o estado do Amapá recentemente.
O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) pediu que o ministro tome decisões baseadas na ciência, não na política, e cobrou informações sobre medidas para ajudar os estados que ainda não estão em situação crítica.
Teich disse que o Ministério da Saúde está monitorando todos os estados do país quanto à evolução da epidemia, tentando antecipar cenários, e que sua pasta está atuando de forma mais intensa nos lugares em situação mais crítica, mas sem esquecer as outras localidades. Disse também que a pasta busca diálogo com todas as instituições nacionais e internacionais de saúde que possam ajudar com pesquisas e desenvolvimento tecnológico.
Fonte: Agência Senado
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