A Organização Mundial da Saúde (OMS) convidou o Brasil a se voluntariar para participar de testes clínicos de mais uma série de vacinas contra a Covid-19, no esforço global para acelerar o combate à pandemia. Atualmente, quatro vacinas estão sendo testadas no país. As informações são do jornal Valor Econômico.
Entre as vacinas que estão sendo testas estão: a da Universidade de Oxford/ AstraZeneca envolvendo 10 mil pessoas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia; a CoronaVac, da Sinovac /Instituto Butantan, envolvendo 13 mil brasileiros no Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro; a BNT162, da Pfizer / BioNtech / Wyeth envolvendo 2 mil brasileiros em São Paulo e na Bahia; e a vacina da farmacêutica Janssen-Cilag, da J&J, temporariamente interrompido.
No entanto, há mais de 200 vacinas contra o covid-19 em desenvolvimento, e pelo menos 35 estão em fase de testes clínicos. A OMS, que já possui um programa de testes de tratamentos, agora está fazendo outro programa para vacinas, sendo a ponte entre países e produtores, com protocolo comum, para a realização dos testes.
Os testes clínicos podem variar de três a seis meses. Normalmente uma candidata a vacina tem menos de 10% de chance de sucesso. E dessas, apenas 20% conseguem ter aprovação das autoridades reguladoras.
Análise do pedido da OMS
Enquanto examina o pedido da OMS, o governo Bolsonaro rejeitou na sexta-feira (16) proposta da Índia e África do Sul, parceiros no Brics, para que a Organização Mundial do Comércio (OMC) permitisse aos países suspender patentes e outros instrumentos de propriedade intelectual vinculados ao combate à pandemia de Covid-19.
Para o governo, o Acordo de Trips já têm flexibilidades que podem ser utilizadas pelos países membros para atingir objetivos de saúde pública. Dessa forma, o Brasil optou por se distanciar do bloco de economias emergentes e se aliar à posição dos países ricos, como EUA, Suíça, Canadá e Japão.
Com informações do Valor Econômico